Pacheco janta com Alexandre de Moraes, Gilmar e Lewandowski.
Senadores e ministros pretendem formar “uma frente
em defesa ao STF”.
Senadores de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram em jantar na última quarta-feira (11) com o objetivo de formar uma “frente em defesa” da Suprema Corte e das urnas eletrônicas. O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu, em Brasília, e contou com a presença do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e dos ministros do STF Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. As informações são da Folha de S.Paulo.
Entre os parlamentares que participaram do encontro estavam Renan Calheiros (MDB), Randolfe Rodrigues (Rede), Marcelo Castro (MDB), Jaques Wagner (PT) e Tasso Jereissati (PSDB). O grupo defende que Pacheco esteja à frente da coordenação institucional, devido ao seu cargo de liderança na Casa Legislativa. No evento, Pacheco garantiu que não deixará o Supremo “isolado” e que se manifestará a favor do sistema eleitoral brasileiro.
Randolfe, por sua vez, disse ter sentido que “foi a primeira vez os ministros se sentiram amparados”.
– A ideia é ter uma trincheira comum para que as bravatas de Bolsonaro não se concretizem – disse Randolfe.
Calheiros afirmou que o grupo não possui um nome ainda e não sabe quantos integrantes atrairá.
– Não sabemos quantos somos, sabemos somente desse grupo menor que participou do jantar da Kátia e de outras reuniões anteriores. Tem que ver pelo perfil, quem defende a Constituição e está disposto a se entregar a essas tarefas de fazer a relação com outros parlamentos do mundo, atrair observadores para a eleição, fortalecer o Supremo, que é o poder da vez que está sendo contestado, não deixar o STF solitário – completou Renan Calheiros.
Na ocasião do jantar, o ministro Alexandre de Moraes prometeu que não vai recuar nas investigações. Ele é o responsável por inquéritos que atingem parlamentares e apoiadores do presidente, como o deputado federal Daniel Silveira, que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, sob as acusações de impedir o livre exercício dos poderes e coação em processo judicial. Bolsonaro, por sua vez, reagiu e concedeu um indulto ao parlamentar.
Ainda segundo Calheiros, o grupo também já encontrou os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, e planeja marcar reuniões com os outros integrantes da Corte em breve. Além disso, o senador visa promover reuniões com parlamentares de outros países.
Por: Thamirys
Andrade
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