Atirador de NY já havia citado vontade de cometer massacre.
Polícia afirmou que Payton Gendron chegou a
escrever, enquanto estava na escola, que queria
cometer um tiroteio em massa.
O jovem de 18 anos que matou dez pessoas e feriu outras três, em sua maioria negras, em um supermercado na cidade de Buffalo, em Nova Iorque, escreveu, quando estava no ensino médio, que queria cometer um tiroteio em massa. A informação foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal. O massacre em Buffalo aconteceu no último sábado (14).
O comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, reconheceu que, durante uma entrevista coletiva realizada neste domingo, em junho do ano passado, o atirador, identificado como Payton Gendron, fez uma “ameaça generalizada, mas não uma ameaça específica direcionada a um lugar ou uma pessoa”.
Gramaglia, que não deu mais detalhes sobre essa ameaça, limitou-se a apontar que a polícia investigou o ocorrido, o interrogou e, em seguida, o transferiu para um manicômio para ser avaliado. De acordo com The Wall Street Journal, o jovem foi solto um dia depois.
– Eles fizeram seu trabalho no mais alto nível que podia ser feito naquele momento – argumentou Gramaglia, que não aceitou mais perguntas.
No sábado, Gendron se deslocou de carro de Conklin, uma cidade 320 quilômetros a sudeste de Buffalo, e parou no estacionamento do supermercado Tops por volta das 14h30 (horário local, 15h30 de Brasília). O jovem saiu armado do veículo, usando colete à prova de balas, capacete e uma câmera, com a qual transmitiu o massacre ao vivo pela plataforma Twitch.
As autoridades estão investigando o que aconteceu como um ataque terrorista e um crime de ódio baseado, entre outras coisas, em um manifesto que o jovem aparentemente deixou escrito. A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, declarou que o atirador teria escrito que havia escolhido cometer o massacre naquele bairro, por ser de maioria negra.
– Este não foi um ato aleatório de violência. Já vimos o suficiente disso. Vemos o que acontece quando há muitas armas em nossas ruas e as pessoas ficam com raiva ou estão no meio de uma batalha de gangues e há vítimas inocentes – completou.
*EFE
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