“Quem trata da eleição são as forças desarmadas”, diz Fachin.

Presidente do TSE visitou local de testes de segurança

nas urnas eletrônicas.

Edson Fachin Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Edson Fachin, ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que a eleição é um tema tratado pelas “forças desarmadas”, em trocadilho com as Forças Armadas, que tem se envolvido no pleito. Segundo o magistrado, o tema “diz respeito à população civil”.

– Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral – disse o ministro.

As declarações foram dadas nesta quinta-feira (12), durante visita à sala do tribunal onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas. Fachin disse que há “muito barulho no canteiro de obras da política, mas o TSE opera com racionalidade técnica”.

Ao comentar a sugestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que as Forças Armadas poderiam fazer apuração paralela dos votos nas eleições deste ano, Fachin foi categórico.

– Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral, quem dá palavra final é a Justiça Eleitoral – afirmou.

O ministro ainda emendou falas duras sobre atentado à democracia e disse não se tratar de um recado a Bolsonaro.

– Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia. É um fato, e fato fala por si só. Não se trata de recado, é uma constatação. Temos respeito a todo chefe de Estado e jamais nos furtaremos ao diálogo. Não há afirmação do que desborde da legalidade constitucional – salientou.

Por: Monique Mello

PLENO.NEWS

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