Bolsonaro critica lucro da Petrobras e pede que empresa não aumente combustíveis: “É um estupro”.
Em sua live semanal, presidente afirmou que o
Brasil pode quebrar se a empresa continuar
promovendo reajustes.
Nesta quinta-feira (5), em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disparou fortes críticas contra a Petrobras devido ao aumento do preço dos combustíveis promovido pela empresa. Ele disse que os lucros conquistados pela empresa são um “estupro” e pediu à empresa para não promover reajustes.
As declarações foram feitas após a empresa revelar um lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado é muito maior do que os R$ 1,16 bilhão obtidos no mesmo período do ano passado.
– Eu não posso entender, a Petrobras durante crise da pandemia e a guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior com a crise. Isso é um crime, é inadmissível. Eu não consigo entender – destacou.
Na sequência, ele comparou o lucro de outras petroleiras pelo mundo e apontou que o Brasil pode quebrar se a empresa continuar aumentando os preços.
– O Brasil, se tiver mais um aumento de combustível, pode quebrar. (…) A gente apela para a Petrobras, não reajuste o preço dos combustíveis. Vocês estão tendo um lucro absurdo. Petrobras, não aumente mais o preço do combustível. O lucro de vocês é um estupro – ressaltou.
Bolsonaro então reforçou que não pode interferir na empresa, mas afirmou que ela deve ter função social.
– Eu sei que deve satisfações a acionistas. Sei disso. Agora, que acionistas são esses? Em grande parte são empresas de pensão dos Estados Unidos. Nós, com o sacrifício do povo brasileiro, estamos mantendo pensões gordas fora do Brasil. Dá para resolver, porque a própria Constituição dá essa possibilidade quando se trata de empresa pública ou de economia mista. Elas devem ter a função social. Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo – apontou.
Ao final da live, Bolsonaro retomou o assunto e disse que o nome da Petrobras poderia ir para a lama se a empresa aumentasse o preço dos combustíveis. Ele então voltou a pedir a empresa para não aumentar o preço do diesel.
Por: Henrique Gimenes
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