Costa diz que acertou com firma de maconha por não saber inglês.
Governador da Bahia comprou da Hempcare
300 respiradores que nunca foram entregues.
Investigado por envolvimento na compra de 300 respiradores que nunca foram entregues, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou, em depoimento, que contratou uma microempresa de produtos à base de maconha para o trabalho porque não tinha conhecimentos em inglês. A empresa em questão se chama Hempcare. A palavra “hemp” significa “maconha”, e o termo “care” remete a “cuidado”.
Confesso que não sabia e lá tinha representantes de produtos farmacêuticos. Estava essa denominação da empresa e não me chamou a atenção, no momento, pelo nome, até porque eu não tenho pleno domínio da língua inglesa. Portanto, eu não domino – justificou ele à delegada Luciana Caires, segundo informações da revista Veja.
Rui Costa é investigado pela Polícia Federal (PF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). As apurações apontam o pagamento de R$ 48 milhões adiantados por respiradores destinados aos nordestinos no auge da pandemia de Covid-19, mas os aparelhos nunca chegaram. À época da aquisição, Rui era o presidente do Consórcio Nordeste, grupo que reúne os nove governadores da região brasileira.
No depoimento, a delegada questionou o motivo de o pagamento ter sido realizado antes da assinatura do contrato. Costa afirmou que não tinha conhecimento do fato, embora o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, tenha garantido que Rui acompanhava esses casos de perto.
– Nesse episódio, não. De pagamento ser feito antes de eu assinar o contrato? Em hipótese nenhuma – negou.
Ele também foi perguntado sobre o por quê de o contrato com a Hempcare não constar no Portal da Transparência do Estado, enquanto outros negócios realizados posteriormente já tinham sido inseridos no site.
– Não sei. Eu não olho todos os dias o Portal e não sei o que lançam. Isso não é função do governador – se esquivou.
No depoimento, o governador ainda negou possuir relações com Cleber Isaac, apontado como o intermediário da fraude na compra dos respiradores.
– Nenhuma relação, nem familiar, nem pessoal, nem profissional. Eu conheço ele como conheço milhares de outras pessoas (…) A última vez que ele esteve, não lembro se no meu gabinete ou em Ondina, foi para me entregar um currículo, dizendo que estava querendo entrar no mercado de trabalho – assinalou.
Por: Pleno.news
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