“O mesmo magistrado do STF foi vítima e juiz no caso Silveira”.

Ex-procurador do MPF, Deltan Dallagnol, se

manifestou por meio das redes sociais, nesta quinta-

feira.

Deltan Dallagnol Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (21),o ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol se manifestou a respeito da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Daniel Silveira. Deltan se manifestou por meio das redes sociais

Silveira foi condenado, na quarta-feira (20), por dez votos a um por ameaças e incitação à violência contra magistrados do STF. A pena é de 8 anos e 9 meses de prisão. Ele também perdeu seu mandato como parlamentar. O único a votar a favor do parlamentar foi o primeiro indicado do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo, ministro Kassio Nunes.

Em sua análise desta quinta, Dallagnol relembrou de José Dirceu.

– José Dirceu, condenado a 7 anos como líder do mensalão, esquema que desviou ao menos R$ 101 milhões, cumpriu só 2 anos e o STF extinguiu sua pena. Daniel Silveira, por atacar verbalmente o STF, foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão e foi tornado inelegível. Independentemente da justiça da condenação em si, você acha essas penas corretas? – questionou Deltan.

Ele citou ainda outros posicionamentos do STF em relação à operação Lava Jato.

– O Art. 53 estabelece que ‘Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por QUAISQUER de suas opiniões, palavras e votos’. O STF disse que ataques à democracia e às instituições não estão protegidos. Ao mesmo tempo, o STF disse que a Lava Jato não podia fazer busca e apreensão para pegar provas de corrupção no imóvel de parlamentar porque seu imóvel seria inviolável. O que você acha? Se um juiz é credor de uma dívida, jamais pode julgar o caso contra o devedor. Se uma pessoa é vítima de um crime, jamais pode ser juiz desse caso. Contudo, o mesmo magistrado do STF foi vítima e juiz no caso Silveira. Por MUITO menos e de modo equivocado, o STF declarou a suspeição de Moro – escreveu o ex-procurador, no Twitter.

Deixe uma resposta