Homem envolvido no assalto ao Banco Central em 2005 é preso.

Crime ocorrido há quase 17 anos resultou no furto de

mais de R$ 164 milhões.

Policial federal observa o interior do túnel utilizado pela quadrilha para entrar no Banco Central Foto: AE/Jarbas Oliveira

Um homem que teve participação no assalto ao Banco Central (BC), em Fortaleza, em agosto de 2005, quando foram roubados mais de R$ 164 milhões (R$ 567,4 milhões em valores corrigidos pela inflação no período) foi preso no último domingo (17) na capital cearense.

O homem, que já havia sido preso em outubro do ano passado por participação no crime, tinha conseguido um alvará de soltura e estava em liberdade. Entretanto, em março deste ano, um novo mandado de prisão foi expedido pela 12ª Vara Federal de Fortaleza. Após ser detido, o homem foi conduzido à sede da Polícia Federal na capital do Ceará.

O CASO
O milionário assalto ao Banco Central em Fortaleza aconteceu na madrugada entre os dias 5 e 6 de agosto de 2005. Na ocasião, uma quadrilha entrou no caixa-forte da instituição através de um túnel, levando mais de três toneladas em notas de R$ 50. Para retirar o dinheiro, o grupo passou por baixo de uma das mais movimentadas vias da capital cearense.

O túnel que serviu para alcançar o Banco Central partia de uma casa alugada pela quadrilha. O crime só foi descoberto no início do expediente da segunda-feira, dia 8 de agosto. Dos R$ 164,7 milhões levados, a Polícia Federal estima que, no máximo, R$ 60 milhões foram recuperados, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de quantias em espécie.

No total, 119 réus foram condenados pela Justiça por ligação com o crime. A quadrilha responsável pelo assalto tinha ao menos quatro líderes. Luís Fernando Ribeiro, o “Fernandinho”, que teria sido o financiador da construção do túnel de 75 metros que levava até o BC, foi encontrado morto em outubro de 2005 em Minas Gerais após ser sequestrado em São Paulo.

Davi Silvano da Silva, o “Véi Davi”, apontado como mentor intelectual do túnel, foi preso em uma residência no bairro Mondubim, em Fortaleza, em setembro de 2005, junto de quatro comparsas, na posse de R$ 12,5 milhões furtados do Banco. Ele foi sentenciado a 47 anos de prisão, mas teve a pena reduzida para 17 anos e seis meses.

Já Antônio Jussivan Alves dos Santos, vulgo “Alemão”, foi apontado como o responsável por recrutar criminosos para participar do assalto. Ele foi preso em 2008, em Brasília. Quase uma década depois, em 2017, ele tentou fugir de um presídio cearense, mas acabou sendo baleado. Após ser capturado, foi transferido para um presídio federal. Atualmente, ele cumpre pena de 35 anos.

Moisés Teixeira da Silva, o “Tatuzão”, foi o último líder da quadrilha a ser preso. Detido em julho de 2009, em São Paulo, ele foi condenado a 16 anos de prisão em um processo por furto, formação de quadrilha e uso de documento falso, na Justiça Federal, e teve a pena reduzida para 14 anos.

Por: Paulo Moura

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