Gilmar Mendes mantém prisão de sócio do ‘faraó dos bitcoins’

Lima foi preso na Operação Kryptos, e estava em prisão domiciliar até o último dia 4 de abril.

Gilmar Mendes mantém prisão de sócio do 'faraó dos bitcoins'

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta segunda-feira (11) um pedido de habeas corpus de Tunay Pereira Lima, apontado como participante do esquema montado pelo “faraó dos bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos. Com isso, ele seguirá em prisão preventiva.

Lima foi preso na Operação Kryptos, e estava em prisão domiciliar até o último dia 4 de abril. Naquela data, porém, o relator do caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) converteu a cautelar em preventiva.

Para o magistrado, há “fortíssimos” indicativos de fuga, além de intenção de dissipação patrimonial. Isso para, “possivelmente”, evitar que “a lei penal seja aplicada”.

O ministro também ressaltou que, além da dimensão da lesão à economia popular, há indícios de “ocultamento patrimonial em favor de outras organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico e a crimes violentos”.

Em fevereiro o ministro também decidiu pela manutenção da prisão de Michael de Souza Magno, suspeito de ser operador do esquema. Gilmar Mendes justificou acreditar que existem “fortíssimos indícios” de que Magno poderia fugir “para evitar que a lei penal seja aplicada, na hipótese de se virem a confirmar as suspeitas até o momento mantidas”.

RELEMBRE O CASO

O “faraó dos bitcoins” é acusado de liderar outras 16 pessoas em crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, mas ele nega as acusações. Além disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se Glaidson teve envolvimento em um homicídio.

Os pedidos de habeas corpus dele também já foram negados.

A esposa dele, Mirelis Zerpa, está foragida da Justiça.

A prisão dele, em agosto do ano passado, levou clientes a recorrerem à Justiça para cancelar contratos e reaver os investimentos. Em janeiro, decisões judiciais em 30 processos no TJRJ bloquearam R$ 5,1 milhões das contas ou bens do “faraó dos bitcoins”, de sua esposa, seu sócio e da empresa, a GAS consultoria. Carros de luxo também foram apreendidos.

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