Zelensky alerta que Ucrânia é “entrada” da Rússia para Europa
“Só há que parar uma pessoa para que
milhões sobrevivam”, destacou presidente
ucraniano.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou nesta terça-feira (22), em discurso no Parlamento da Itália, maiores sanções e pressões à Rússia. Ele alertou que a guerra é o caminho de Vladimir Putin para chegar à Europa.
– A invasão já tem 27 dias, um mês, e precisamos de outras sanções e outras pressões para que a Rússia não possa se abastecer de reservas militares na Líbia ou Síria, e para que volte à paz – afirmou o chefe de Estado ucraniano, que foi recebido de pé e com muitos aplausos por cerca de mil parlamentares italianos.
Zelensky ainda advertiu que o objetivo da Rússia é “influenciar a Europa” e “destruir seus valores, sua democracia e seus direitos humanos”. Ele acrescentou que a “Ucrânia é a porta para o exército russo, porque querem entrar na Europa”.
O presidente começou o discurso falando da conversa que teve nesta terça pela manhã com o papa Francisco. Ele disse ao pontífice que “o povo ucraniano se tornou no exército” para defender a Ucrânia, “do mal, da destruição, do derramamento de sangue”.
Zelensky ainda lembrou que 117 crianças foram mortas desde o início da guerra, e que ainda há milhares de feridos, dezenas de milhares de família sem moradia, centenas de milhares que tiveram as casas destruídas e milhões que precisaram sair de onde vivem. Ele destacou que tudo isso se deve a “uma guerra que uma só pessoa começou”, em referência ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que não citou nominalmente.
Além disso, o presidente ucraniano afirmou que o exército russo tomou as regiões costeiras, o que “representa um perigo para todos os países vizinhos”. Ele garantiu que, graças a exportação de gás e petróleo da Rússia, a guerra foi financiada nos últimos dez anos.
Zelensky ainda agradeceu à Itália pelo acolhimento de mais de 70 mil ucranianos, que chegaram ao país fugindo da guerra, entre os quais, estão 25 mil crianças, além dos hospitais que estão atendendo aos feridos.
– Só há que parar uma pessoa para que milhões sobrevivam – concluiu o chefe de Estado.
*EFE
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