Pai baleado pelo filho por proibir uso de celular está paraplégico.
Adolescente matou a mãe e o irmão, e atirou no pai
após considerar a proibição a “gota d’água”.
O homem que foi baleado pelo filho de 13 anos no último sábado (19), na cidade de Patos (PB), está paraplégico por causa do ocorrido. O quadro foi confirmado pelo cirurgião geral Caio Guimarães. O adolescente, que também é suspeito de matar a mãe e o irmão a tiros, está no Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, também na Paraíba.
De acordo com Guimarães, que é cirurgião do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde o pai do adolescente está internado, o homem está sem entubação, consciente e orientado. O caso segue em avaliação diária sobre possíveis novas medidas a serem tomadas.
O fato ganhou repercussão por causa da motivação apontada pelo adolescente para justificar os crimes. Em depoimento, o garoto alegou que vinha sendo pressionado para ter boas notas e sendo proibido de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos de escola. Ao ter mais uma vez o celular apreendido, no sábado, ele considerou que isso era a “gota d’água”.
Ainda de acordo com o depoimento, que foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente, ele declarou que atirou na mãe enquanto ela estava deitada na cama do quarto. Quando o pai voltou da farmácia, ele atirou nele também. Por fim, quando o irmão abraçou o pai, assustado com os tiros, foi baleado pelas costas. Mãe e irmão morreram na hora.
Inicialmente, a Polícia Civil da Paraíba chegou a tratar o adolescente como vítima. Entretanto, com o desenrolar das investigações, os policiais perceberam que ele teria participação nas mortes. Depois de negar o ato em um primeiro momento, na delegacia ele admitiu a autoria dos crimes.
Por: Paulo Moura
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