No Paraguai, povo vai às ruas e consegue reduzir preço do combustível
População faz bloqueios rodoviários a cinco dias
seguidos.
O governo do Paraguai anunciou esta sexta-feira (18) que a empresa petrolífera estatal voltará a reduzir o preço de dois dos combustíveis mais consumidos no país, em uma tentativa de acabar com os bloqueios rodoviários que já completaram cinco dias.
O ministro do Interior paraguaio, Federico González, disse em entrevista coletiva que a Petróleos Paraguaios (Petropar) reduzirá a partir de segunda-feira (21) em 500 guaranis (US$ 0,072) o litro de diesel tipo III e em 300 guaranis (US$ 0,043 centavos) o litro de gasolina.
Este é o segundo corte em menos de uma semana no custo desses combustíveis, já que nesta quinta-feira foi aplicado um desconto de 500 guaranis em ambos.
González indicou que isso levaria a uma redução de 1.000 guaranis (US$ 0,14) por litro de diesel tipo III e de 800 guaranis (US$ 0,11) para a gasolina.
A medida será aplicada aos postos Petropar e não é vinculante para as distribuidoras privadas, que podem fixar livremente seus preços.
A iniciativa foi aprovada após o Senado se recusar a analisar em sessão extraordinária um projeto de lei do Executivo para a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis que seria financiado com um empréstimo internacional.
Diante da recusa dos senadores, o ministro da Fazenda do Paraguai, Oscar Llamosas, explicou em coletiva de imprensa que o governo irá apresentar na segunda-feira uma nova iniciativa à Câmara Alta, desta vez com um fundo que subsidia apenas a Petropar, mas não empresas privadas.
O corte de hoje foi anunciado quando o país completa o quinto dia de bloqueios intermitentes em suas principais vias, que ameaçam gerar desabastecimento e afetaram a circulação de veículos particulares e de transporte público.
A redução dos preços da Petropar gerou reações mistas entre os manifestantes, pois enquanto alguns anunciaram que iriam suspender os protestos hoje, outros disseram que estavam dispostos a esperar o Congresso aprovar a iniciativa do Executivo.
*EFE
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