Rússia intensifica bombardeio de Kiev; civis fogem de Mariupol
Negociação entre Rússia e Ucrânia segue difícil.
A Rússia intensificou o bombardeio em Kiev nesta terça-feira (15). A ação destruiu apartamentos e uma estação de metrô e ocorreu enquanto 2 mil carros de civis fugiram de Mariupol, por meio de um corredor humanitário. Acredita-se que essa possa ser a maior evacuação já feita do porto. Enquanto isso, os diplomatas iniciam uma nova rodada de negociações, via vídeo, para chegar a um acordo que coloque fim no conflito entre os dois países.
Grandes explosões ocorreram antes do amanhecer em Kiev. Segundo autoridades ucranianas, os barulhos se tratavam de ataques de artilharia, já que o ataque da Rússia à capital parecia se tornar mais sistemático e se aproximava da cidade. Ao todo, mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país desde o início dos conflitos.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenski disse que bombas atingiram quatro prédios de vários andares na cidade e mataram dezenas de pessoas. O bombardeio provocou um grande incêndio em um prédio de 15 andares.
ATAQUES A ÁREAS RESIDENCIAIS
Os combates se intensificaram nos arredores de Kiev nos últimos dias, e sirenes de ataque aéreo soaram dentro da capital. O prefeito Vitali Klitschko anunciou um toque de recolher de 35 horas que se estendeu até a manhã de quinta-feira (10).
Um prédio de apartamentos de 10 andares no distrito de Podilsky, em Kiev, ao norte do bairro do governo, foi danificado. As forças russas também intensificaram os ataques durante a noite em Irpin e nos subúrbios de Hostomel e Bucha, no noroeste de Kiev, disse o chefe da região da capital, Oleksiy Kuleba.
Uma das situações mais desesperadoras é em Mariupol, cidade de 430 mil habitantes, onde autoridades dizem que um cerco de uma semana matou mais de 2.300 pessoas e deixou os moradores lutando por comida, água, calor e remédios.
Nesse cenário, o parlamento ucraniano votou pela prorrogação da lei marcial por mais um mês, até 24 de abril. De acordo com a medida, solicitada por Zelenski, homens entre 18 e 60 anos estão impedidos de deixar o país para que possam ser convocados para lutar.
*AE
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