Rússia admitiu uso de bombas termobáricas, diz Reino Unido
Artefato em questão é composto por foguetes de
grande poder de devastação.
O Ministério da Defesa da Rússia teria admitido o uso das chamadas bombas termobáricas contra a Ucrânia, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido na quarta-feira (9) através do Twitter. O artefato em questão é composto por foguetes de grande poder de devastação, causando grandes incêndios, explosões e podendo até vaporizar seres humanos.
Em sua conta oficial no Twitter, a pasta de defesa britânica afirmou que os russos teriam confirmado o uso do sistema de armas TOS-1A. O governo do Reino Unido, porém, não especificou quando e onde elas teriam sido usadas, e como teria sido feita a confirmação do uso pela Rússia. O governo russo, por sua vez, não se manifestou.
Na prática, as bombas termobáricas “sugam” oxigênio do ar circundante para gerar uma explosão de alta temperatura. A polêmica em torno da utilização do armamento é que esse tipo de bomba é proibido por acordos internacionais e é amplamente condenado por organizações de direitos humanos.
A bomba dispersa combustível em uma nuvem que pode entrar em edifícios ou objetos ao redor. O segundo estágio acende a nuvem que causa uma enorme bola de fogo e suga o oxigênio das áreas próximas, causando uma onda de pressão e calor. Essas bombas têm capacidade destrutiva semelhante a uma explosão causada por armas nucleares, mas sem o uso de materiais radioativos.
As armas termobáricas, desenvolvidas na década de 1960, foram utilizadas durante a Guerra do Vietnã. Na última semana, a Rússia tem sido acusada de usar esse tipo de artefato. A explosão de uma refinaria de petróleo em Okhtyrka, na região de Sumy, na segunda-feira (7), teria sido causada por uma arma do tipo.
Por: Paulo Moura
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