Rússia ataca sede do governo da 2ª maior cidade da Ucrânia

Bombardeios russos atingiram a praça central de

Kharkiv.

Prédio da Administração Estatal Regional de Kharkiv foi atingido por míssil Fotos: EFE/EPA/SERGEY KOZLOV // CNN Internacional

Nesta terça-feira (1º), Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, sofreu bombardeios em áreas residenciais e no centro da cidade, incluindo a sede do governo. A cidade tem cerca de 1,4 milhão de habitantes e é próxima da fronteira com a Rússia.

O prédio da Administração Estatal Regional fica na Praça da Liberdade – a principal da cidade e um marco arquitetônico da região. De acordo com Oleg Synegubov, chefe da região de Kharkiv, os russos utilizaram mísseis de cruzeiro e GRAD no ataque. Ele ainda acusou a Rússia de cometer crimes de guerra. O controle da cidade, contudo, permanece com as forças ucranianas.

De acordo com últimas informações do assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Geraschenko, o ataque deixou ao menos 10 mortos e 35 feridos.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia publicou um vídeo com o momento da explosão e denunciou que a Rússia está violando os direitos humanos.

– A Rússia está travando uma guerra em violação do direito internacional humanitário. Mata civis, destrói a infraestrutura civil. O principal alvo da Rússia são as grandes cidades que agora são atingidas por seus mísseis – diz um trecho da postagem.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, disse acreditar que o aumento dos bombardeios é mais uma forma de Putin pressionar por condições mais favoráveis à Rússia nas negociações diplomáticas.

– Acredito que a Rússia está tentando pressionar (a Ucrânia) com esse método simples – disse Zelenski na segunda-feira (28), em um discurso em vídeo.

A disputa se alastrou em outras cidades e vilas em todo o país. A cidade portuária estratégica de Mariupol, no Mar de Azov, está “aguentando”, disse o conselheiro de Zelenski, Oleksiy Arestovich. Um depósito de petróleo foi bombardeado na cidade oriental de Sumy.

Por: Monique Mello
PLENO.NEWS
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