Bolsonaro se diz ‘constrangido’ após Fachin acusar Rússia
Ministro do STF indicou que a Rússia poderia
estar planejando ataque às eleições brasileiras.
O presidente Jair Bolsonaro deu mais detalhes, em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, sobre o encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Diretamente de Moscou, Bolsonaro elogiou a recepção que teve do chefe do Kremlin e disse acreditar que a crise entre Rússia e Ucrânia pode estar próxima de uma solução.
– O encontro [com Putin] foi fantástico, a recepção foi maravilhosa. Tratamos de vários assuntos. E o que eu deixei bem claro é que nós somos um país pacifista, nós acompanhamos o que acontece no mundo e torcemos pela paz. Houve uma coincidência, no entender, que, ainda em voo para cá, parte das tropas russas foram retiradas da fronteira com a Ucrânia, e hoje uma outra parte saiu. Entendemos isso como um grande gesto de Putin de distensionar o que está ocorrendo ali – avaliou.
“Como eu disse, somos um país que pregamos a país a paz aqui e na Ucrânia. E pelo que tudo indica, com esse distensionamento, uma solução está por acontecer”, acrescentou.
Bolsonaro também foi questionado pelo jornalista Augusto Nunes sobre a declaração do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que insinuou que a Rússia poderia estar planejando um possível ataque hacker às urnas eleitorais brasileiras. A declaração foi dada nesta quarta, mesmo dia em que os dos presidentes se reuniram.
Bolsonaro classificou a declaração como “constrangedora”.
– Eu estou em Moscou, na Rússia… É triste e constrangedor para mim receber essa acusação, como se a Rússia se comportasse como um país terrorista digital. Eu estou na Rússia, isso é lamentável. Se eu não visse as imagens [do discurso de Fachin], eu acharia que era uma fake news. Se as urnas são invioláveis e todo o processo eleitoral é garantido, por que temer possíveis hackers? – questionou o presidente.
Em seguida, Bolsonaro expôs o que considerou ter sido um ato falho de Fachin.
– No meu entender, o próprio ministro Fachin acaba de comprovar que ele não tem confiança no sistema eleitoral. Não sei porque o desespero para esse ataque gratuito a um país onde o chefe de Estado brasileiro está presente, como se aqui fosse um país que viesse a participar de forma criminosa em eleições no Brasil. Se o sistema eleitoral é inviolável, porque essa preocupação? – disparou.
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