AGU: Vazamento de data para depor “constrange” Bolsonaro

Manifestação foi enviada no inquérito que apura o

suposto vazamento de informações sigilosas.

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Alan Santos

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que ele solicite da Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de uma investigação, cujo objetivo seria apurar o vazamento da informação de que o ministro deu até esta sexta-feira (28) para que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento.

A informação, que foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, aponta que, na avaliação da AGU, o “ocorrido repercute em constrangimentos” ao presidente porque “cria expectativa e interesse da imprensa que já lhe aborda com perguntas para maiores detalhes sobre a aludida oitiva e aspectos correlatos do inquérito”.

Moraes determinou nesta quinta-feira (27) que a Polícia Federal colha, até esta sexta, o depoimento do presidente no inquérito que apura o suposto vazamento de documentos sigilosos em uma transmissão do chefe do Executivo nas redes sociais. Moraes negou um pedido de Bolsonaro para abrir mão de ser ouvido na investigação.

No dia 29 de novembro, Moraes tinha dado prazo de 15 dias para que a oitiva fosse realizada. Antes do fim desse prazo, a AGU pediu a prorrogação sob a justificativa do excesso de compromissos de Bolsonaro. O ministro, então, concedeu mais 45 dias de prazo, que termina justamente nesta sexta. Na quarta-feira (26), Bolsonaro informou ao STF que não tinha interesse em depor.

A investigação foi aberta depois que Bolsonaro apresentou, no ano passado, informações sobre o inquérito da PF sobre a invasão hacker à rede do TSE em 2018. Os dados foram divulgados em entrevista à rádio Jovem Pan.

Por: Paulo Moura

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