Espanha envia navios de guerra para defender Ucrânia da Rússia

Ajuda se unirá às forças marinhas da Otan no Mar

Negro, diante da escalada de tensão na região.

Thamirys Andrade vladimir putin

Presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: EFE/EPA/Mikhail Metzel / Sputnik / Kremlin

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, informou nessa quinta-feira (20) que, diante da escalada da tensão na fronteira ucraniana, a Espanha decidiu enviar navios de guerra para o Mediterrâneo e o Mar Negro, a fim de cooperar com as forças marinhas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

– A Rússia não pode dizer a nenhum país o que fazer, então a Otan protegerá e defenderá a soberania de qualquer país que possa ou queira ingressar na Otan – declarou Margarita em coletiva de imprensa.

Segundo ela, um caça-minas já foi enviado e uma fragata seguirá até a região em três dias. Robles destacou que a vontade do país era que os problemas fossem solucionados por vias “exclusivamente diplomáticas”, mas o aumento da presença de militares russos na fronteira da Ucrânia demandaram outra resposta.

Atualmente, a Rússia nega ter a intenção de invadir o país vizinho, mas concentrou dezenas de milhares de soldados russos nas fronteiras com a Ucrânia.

Nesta sexta-feira (21), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou que, caso a Rússia opte pelo conflito, em vez de pela diplomacia, sofrerá “sérias consequências e condenação internacional”.

– Ouvimos [Lavrov] repetir que eles [os russos] não têm intenção de invadir a Ucrânia, mas há coisas que todos nós vemos; então, eu lhe disse que, para convencer o mundo, poderiam chamar de volta os militares que colocaram na fronteira e permanecer comprometidos com a via diplomática – disse Blinken, em coletiva.

A Rússia, por sua vez, acredita que sua relação com os Estados Unidos e a Otan atingiu um ponto “perigoso e crítico”.

– A atividade agressiva da Otan no “flanco oriental”, as ações hostis contra nosso país, incluindo exercícios não programados, proximidade e manobras perigosas de navios de guerra e aviões de guerra, desenvolvimento militar do território ucraniano, são absolutamente inaceitáveis – disse o Ministério das Relações Exteriores russo.

Por: Thamirys Andrade

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