TJRJ manda juízes reavaliarem prisões baseadas em reconhecimento fotográfico

A recomendação foi publicada no Diário Oficial de Justiça do Estado na terça-feira, 11, pelo desembargador Marcus Henrique Pinto Basílio, 2º vice-presidente da Corte

TJRJ manda juízes reavaliarem prisões baseadas em reconhecimento fotográfico

OTribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que todas as prisões preventivas decretadas exclusivamente com base em reconhecimento fotográfico sejam reavaliadas com urgência.

A recomendação foi publicada no Diário Oficial de Justiça do Estado na terça-feira, 11, pelo desembargador Marcus Henrique Pinto Basílio, 2º vice-presidente da Corte.

A medida tem como objetivo adequar as ordens de prisão ao entendimento recente traçado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que proibiu o reconhecimento fotográfico como prova para condenação, em razão do risco de falha no procedimento.

A diretriz foi fixada pelo STJ em outubro de 2020, mas o processo-base para a decisão só foi arquivado definitivamente em maio do ano passado, após todos os recursos. A notificação aos Tribunais de Justiça dos Estados, no entanto, foi enviada na ocasião do julgamento do mérito, há quase um ano e três meses.

O defensor-geral do Rio, Rodrigo Pacheco, classificou a recomendação como ‘uma grande vitória’. As Defensorias dos Estados e da União têm trabalhado para mostrar que o procedimento é falho e tem motivado prisões e condenações injustas. Relatórios divulgados em fevereiro do ano passado pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) mostrou que, entre 2012 e 2020, ao menos 90 prisões baseadas no método estavam equivocadas – sendo 73 no Rio de Janeiro. Desse total, 79 contavam com informações conclusivas sobre a raça dos acusados, 81% negros.

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