Austrália junta-se aos EUA no boicote aos Jogos de Pequim
Primeiro-ministro disse que a ação é uma
resposta a “abusos dos direitos humanos” na
província de Xinjiang.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou nesta quarta-feira (8) que o país não enviará representantes oficiais aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, juntando-se ao boicote diplomático dos Estados Unidos.
Morrison afirmou que a decisão tinha sido tomada em resposta ao que definiu como “abusos dos direitos humanos” na província chinesa de Xinjiang e “muitas outras questões que a Austrália tem levantado consistentemente”.
– Estou fazendo isso no interesse nacional da Austrália. É a coisa certa a fazer – considerou o premiê em entrevista coletiva
A Austrália, entretanto, enviará seus atletas aos Jogos, que acontecerão em Pequim de 4 a 20 de fevereiro.
– Como uma grande nação esportiva, é importante separar questões esportivas e políticas – justificou.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou na segunda-feira (6) que o governo dos EUA não mandará representação diplomática ou oficial aos Jogos. Ela explicou a razão: “O genocídio e os crimes contra a humanidade que persistem na região de Xinjiang, bem como de outros abusos dos direitos humanos” na China.
Washington decidiu não proibir os atletas americanos, o que teria significado um boicote completo aos Jogos de Inverno, pois não quer “penalizar” os desportistas que estão treinando há meses ou anos para se prepararem para as competições.
A China, por sua vez, condenou fortemente a decisão e advertiu que os EUA “pagarão um preço” por ela.
Outra que não enviará representação diplomática a Pequim em 2022 é a Nova Zelândia. No entanto, ela alegou razões de segurança sanitária, devido à pandemia da Covid-19, para justificar sua decisão.
Outros países, como a Alemanha e o Japão, deixaram no ar se os seus governos se unirão ao boicote diplomático. Já a Rússia pediu para que esporte e política não sejam misturados.
*EFE
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