Morre em Campos Esdras Pereira, Fotógrafo e colunista Social
Morreu na manhã desta terça-feira (23), aos 63 anos, o repórter fotográfico e colunista social da Folha da Manhã, Esdras Pereira. Ele estava internado desde domingo (21) no Hospital Dr. Beda, em Campos, onde faleceu. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento. Esdras deixa a esposa Alba, três filhos e netos.
Prestes a completar 50 anos como fotógrafo, Esdras chegou a abrir, no início deste mês, sua exposição “Flores & Papiros”, com fotos feitas no intervalo de um ano em Campos e Rio das Ostras. Em junho de 2020, ele foi diagnosticado com Covid-19 e chegou a ficar internado por quase um mês. E o trabalho fotográfico, que resultou na exposição, foi usado como auxiliar na sua recuperação. Há alguns meses, ele descobriu um linfoma e estava em tratamento.
Esdras iniciou na fotografia aos 14 anos. Começou com uma câmera Beauty Flex que pertencia ao seu pai, por quem foi levado para trabalhar na loja do fotógrafo Dib Hauaji. Nesta época, teve uma imagem de sua autoria publicada no jornal “Monitor Campista”, inaugurando o que seria uma extensa relação com a imprensa. Indicado por Dib ao jornalista Aluysio Cardoso Barbosa, então editor-chefe de “A Notícia”, foi trabalhar como repórter fotográfico no veículo. De lá, seguiu para o “Jornal do Brasil”, do qual Aluysio era correspondente, e com ele dividiu um histórico furo de reportagem: o primeiro carregamento comercial de petróleo na Bacia de Campos, em 1977.
A parceria em “A Notícia” e no “Jornal do Brasil” fez com que Esdras fosse escolhido por Aluysio como um dos envolvidos no processo de criação da Folha da Manhã. Antes mesmo da fundação desta, em 1978, ele colaborou na formação do arquivo de fotos da editoria de Esporte. A atuação se estendeu para a própria existência do jornal, ilustrando com suas fotos inúmeras matérias que tiveram repercussão local e nacional.
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