Leite acusa Doria de comprar votos e fazer ‘pressões indevidas’

Em nota, coordenador da campanha de Doria

classificou a declaração como “infundada”.

João Doria e Eduardo Leite
João Doria e Eduardo Leite Fotos: Governo de SP // Itamar Aguiar/Palácio Piratini

Enquanto os empecilhos técnicos com o aplicativo milionário do PSDB persistem, a tensão entre os candidatos das prévias do partido se eleva. No dia seguinte após a suspensão da votação, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, subiu o tom contra o governador João Doria e o acusou de compra de votos e de “pressões indevidas”. As informações são do jornal O Globo.

– Do outro lado, nós vemos compra de votos, denúncias de pressões indevidas, suspensão de filiações, demissão de pessoas que não apoiam esse tipo de conduta – declarou Leite nesta segunda-feira (22), na entrada da sede nacional do partido, em Brasília.

O coordenador da campanha de Doria, Wilson Pedroso, emitiu uma nota refutando as acusações do governador gaúcho e descrevendo-as como “infundadas”.

– As infundadas acusações de Eduardo Leite demonstram o desespero de quem prevê a derrota. Leite trabalha para melar as prévias. É um desrespeito ao PSDB e [a] todos os filiados – assinalou.

No decorrer do pleito no domingo (21), a deputada Mara Rocha fez uma acusação semelhante à de Leite contra o gestor paulista. Na ocasião, ela afirmou que aliados de Doria ofereceram dinheiro em troca do seu voto. A parlamentar é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e a favor do governador gaúcho nas prévias do partido.

– Eu tenho mensagens aqui. Se não deixarem eu votar, eu vou dizer quem me ofereceu dinheiro para votar no Doria. Eu vou votar. Se não, eu vou jogar mer** no ventilador – disse Rocha, mas não chegou a mostrar as provas.

As prévias que definirão quem será o candidato pelo PSDB à Presidência da República em 2022 foram suspensas nesse domingo, após diversos filiados encontrarem problemas para votar pelo aplicativo adotado pela legenda.

Nesta segunda-feira (22), o diretório nacional do PSDB decidiu concluir até o próximo domingo (28) o processo eleitoral interno. Esta é a primeira vez que o partido realiza votação prévia para escolher quem concorrerá ao Palácio do Planalto. O modelo foi adotado devido a divergências internas sobre o nome a ser lançado. Mesmo com as tentativas de unificação, não houve consenso.

Concorrem no pleito tucano, o governador de São Paulo, João Doria; o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

Por:Thamirys Andrade

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