União cobra direito de resposta da IstoÉ e nova capa na revista
AGU afirmou que a “notícia veiculada atinge
direta e indevidamente a imagem do
presidente da República, como chefe de
Estado e de governo, no país e no exterior”.
Após a revista IstoÉ comparar o presidente Jair Bolsonaro ao nazista Adolf Hitler em sua mais nova edição, a União decidiu acionar a revista e cobrar um direito de resposta. Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), a União enviou uma notificação extrajudicial em que apresentou uma nova capa a ser publicada.
A polêmica imagem traz Bolsonaro com um corte de cabelo similar ao adotado por Hitler e o mesmo tipo de bigode usado pelo nazista, só que formado pela palavra “genocida”. A revista também chamou o presidente brasileiro de “mercador da morte” e ainda criticou os apoiadores de Bolsonaro, definidos pela publicação como uma “seita negacionista e obscurantista”.
Em sua notificação, a AGU afirmou que a veiculação mostrada pela revista “não condiz com a verdade dos fatos” e que “a notícia veiculada atinge direta e indevidamente a imagem do presidente da República, como chefe de Estado e do governo, no país e no exterior”.
Além disso, afirmou que o veículo (a IstoÉ) tem se mostrado “estranhamente, omisso sobre os programas e avanços públicos desenvolvidos pelo Estado brasileiro na seara da saúde desde o início da crise sanitária, no que repercute em difusão de informações dotadas de parcialidade, com prejuízos não só ao agente alvo de infundada criminalização, mas ao público leitor, o que corrobora a pertinência deste pedido de resposta”.
A União também quer que a revista publique um texto afirmando que “comparar este governo a um que planejou e executou o extermínio do próprio povo é um artifício ao mesmo tempo ridículo, pueril, acintoso e criminoso. E chega a ser um deboche com a inteligência de quem ainda lê esta revista”.
Outra cobrança foi a de que a revista altere, em uma próxima edição, o título da matéria de Arquiteto da tragédia por Vidas, empregos, dignidade.
A notificação é assinada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, pelo procurador-geral da União, Vinicius Torquetti Rocha, e pelo adjunto do AGU, Bruno Luiz Dantas de Araújo Rosa.
A íntegra da notificação pode ser lida aqui.