Condenado no mensalão e alvo da Lava Jato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) está novamente envolvido na articulação da campanha presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. Tal como em 2001, o político fala pelo PT com lideranças políticas sobre o assunto, segundo informações do colunista Alberto Bombig, do jornal Estadão.

– Como em 2001, Dirceu articula, falando pelo PT, os palanques de mais uma campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. Condenado no mensalão e alvo da Lava Jato, o ex-ministro está conversando com várias lideranças do Nordeste, entre elas o senador Weverton Rocha (PDT), candidato ao governo do Maranhão, e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Bombig também afirma que, embora Lula tenha pedido a parlamentares aliados para evitarem a ideia de que a eleição já está ganha, em privado o petista tem se mostrado cada vez mais confiante de que vencerá sem fazer grandes concessões.

A direção do Partido dos Trabalhadores, por sua vez, não está interessada que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro se concretize, apesar de manter discurso nessa linha. A ordem é “sangrar Bolsonaro, mas sem desligar aparelhos”, pois a presença do atual chefe do Executivo no próximo pleito fortalece a polarização entre os nomes de Lula e Bolsonaro.

Para desgastar o governo sem eliminá-lo, o PT conta com a ajuda da CPI da Covid e de aliados no PSOL e em outros partidos, inclusive do Centrão.

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