VÍDEO: Bolsonaro reforça apelo por economia de energia: ‘Apague um ponto de luz’
Presidente pediu que os governadores reduzam a cobrança do ICMS sobre eletricidade.
Admitindo que o país está no limite na geração de energia elétrica, considerando o nível baixo de armazenamento nos reservatórios, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo nesta quinta-feira, 26, para que a população ajude a reduzir a demanda por energia. Ele também pediu que os governadores reduzam a cobrança do ICMS sobre a conta de luz. O presidente reclama que, com a bandeira vermelha em grau máximo, ajudaria se o imposto não incidisse sobre a cobrança extra. Ele repetiu o discurso do Ministério de Minas e Energia afirmando que a bandeira vermelha não é um castigo, mas um reflexo de uma geração de energia cada vez mais cara. “Tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor, apague um ponto de luz agora. Ajude-nos, assim está ajudando a economia da energia e a economizar água das hidrelétricas. Em grande parte nessas represas, já estamos na casa de 15% de armazenamento”, afirmou o mandatário. O ministro Bento Albuquerque voltou a lembrar que o Brasil passa por um severo momento de escassez hídrica e sem expectativa de chuvas. Por isso, ele defendeu a necessidade de modernização do sistema elétrico brasileiro e de mudanças na composição das tarifas.
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“A busca por uma estrutura tarifária, que possa remunerar de forma mais adequada os novos serviços ao consumidor, torna-se essencial. Por isso, somamos esforços para a contínua redução de encargos e subsídios. Não resta dúvida que o consumidor terá um papel cada vez mais ativo”, afirmou. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, defendeu a necessidade da separação entre as atividades de distribuição e comercialização de energia, exatamente como forma de modernizar o setor. Assim como Albuquerque, ele também defende que é preciso rever os cálculos do setor. “Subsídios desnecessários, alta carga tributária com peso de mais de 40% sobre a conta de luz e alocações desiguais de custos setoriais devem ser enfrentados e eliminados em prol do desenvolvimento da sociedade e da satisfação da população”, pontuou Madureira, que também defendeu o avanço da reforma tributária para encontrar regras mais justas e que reconheçam a energia como um insumo essencial para a sociedade.