Renato Gaúcho em estreia pelo Flamengo (Foto: Gustavo Garello/POOL/AFP)
A estreia de Renato Gaúcho pelo Flamengo foi marcada por uma série de sentimentos opostos. De um lado, a alegria e o alívio por ter vencido o Defensa y Justicia na Argentina e saído na frente no confronto de oitavas de final da Libertadores. Do outro, o susto e a preocupação de ver o time rubro-negro alterar a forma de jogar e apresentar uma péssima atuação.
Acostumado a ver uma equipe ofensiva e que consegue se impor à maioria dos adversários, o torcedor do Flamengo testemunhou uma nova realidade nesta quarta-feira. Mesmo com Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol em campo, o time teve menos posse de bola e passou grande parte do jogo atuando de forma mais reativa do que propositiva.
Muitos mecanismos que eram vistos desde o início da ‘Era Jesus’, em 2019, deixaram de aparecer na primeira partida sob comando de Renato Gaúcho. A saída de três, por exemplo, foi usada em poucas ocasiões. A pressão pós-perda no campo de ataque deu lugar às linhas baixas, enquanto a marcação em zona nas bolas paradas virou marcação quase exclusivamente individual.
+ Em nova tentativa, Flamengo pede à Prefeitura do Rio para ter 10% de público no Maracanã
Sem julgar o que é melhor ou pior, tantas mudanças de uma hora para outra assustam e causam preocupação. O Flamengo que usava a posse de bola como uma forma de não sofrer defensivamente passou a ser pressionado como não era há mais de dois anos. No fim das contas, o (achado) gol de Michael garantiu a vitória e a vantagem na luta por uma vaga nas quartas de final.
Renato celebra gol com Michael (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
JUSTIFICATIVAS DE RENATO GAÚCHO
É preciso, sem dúvidas, levar em consideração que Renato Gaúcho está apenas no início de trabalho no Flamengo. Apresentado na segunda-feira, o treinador teve duas sessões de treinamento no Ninho do Urubu, sendo apenas uma com o grupo completo, antes da viagem para Buenos Aires.
Para o comandante, além do pouco tempo disponível, a falta de entrosamento de alguns jogadores e os desfalques influenciaram no rendimento da equipe. Na partida contra o Defensa, o Flamengo não teve quatro atletas à disposição: o zagueiro Rodrigo Caio, o volante Willian Arão, o meia Diego e o atacante Bruno Henrique.
+ Renato Gaúcho elogia Michael e minimiza má atuação do Flamengo: ‘O mais importante foi a vitória’
– Faltava ritmo de jogo para eles, e entrosamento para a nossa equipe. Thiago (Maia) e João (Gomes) jogaram pela primeira vez juntos. O importante é observar o que acontece. Se fizer a pergunta ao nosso torcedor se ele gostaria de ver o Flamengo jogando bem e não ter ganho o jogo, pode ter certeza que a opinião dele é a mesma que a minha: importante é que vencemos e demos um passo importante – disse Renato Gaúcho na coletiva, antes de completar:
– Vamos continuar sem tempo para treinar, está na base da conversa, do vídeo. Mas eu tenho um grupo maravilhoso, com qualidade muito grande, e esse grupo vai ficando mais forte à medida em que vamos tirando jogadores do departamento médico.
+ Confira o chaveamento completo da Libertadores
AGENDA DO FLAMENGO
Com a vantagem no placar, o Flamengo reencontra o Defensa y Justicia na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília) no Brasil. A equipe rubro-negra se garante na próxima fase com qualquer vitória ou empate. Caso o Defensa devolva o 1 a 0, o confronto será definido nos pênaltis. Qualquer outro triunfo dos argentinos elimina o time brasileiro.
Antes de encarar novamente o Defensa y Justicia, o Flamengo volta a campo no domingo. A equipe enfrenta o Bahia, às 18h15 (de Brasília), no estádio Pituaçu, pela 12ª rodada no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro ocupa atualmente a 8ª posição na tabela, com 15 pontos conquistados em nove partidas.
LANCE!
RANOTÍCIAS