Quem foi Santo Antônio? Por que ele é casamenteiro? Quais os milagres? Conheça a biografia e a história do santo popular
Santo Antônio nasceu em 1195 e não se chamada Antônio. Confira tudo sobre a história dele, que é celebrado neste 13 de junho.
Nascido em 1195 em Lisboa, capital de Portugal, Santo Antônio, na verdade, tinha “Fernando de Bulhões” como nome de batismo. Educado na cidade de Coimbra, ele vinha de uma família nobre e rica. Foi na cidade onde estudou que o santo entrou para a Ordem de Santo Agostinho e se tornou sacerdote bem jovem, ainda aos 25 anos de idade.
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Sonhando em conhecer Francisco de Assis, Antônio foi para a Itália. Após se encontrar com o franciscano, lecionou teologia aos frades da região de Bolonha e, aos 26 anos, foi conduzido a provincial da ordem no norte da Itália. De acordo com o UOL, o sacerdote aceitou a missão, mas não ficou porque a vontade dele era de pregar pelas ruas, vilas e cidades, acolhendo pessoas necessitadas. Deste modo, saiu viajando entre a Itália e a França.
Segundo os registros, Santo Antônio morreu em 13 de junho de 1231, em algum local perto de Pádua, na Itália, aos 36 anos. Ele foi sepultado na basílica da região, que virou um local de culto e peregrinação. No ano seguinte, ele foi canonizado pelo papa Gregório IX.
Nas imagens que retratam o santo, Antônio aparece com um semblante jovial, com trajes franciscanos, segurando um lírio e com o menino Jesus nos braços.
De acordo com o UOL, Antônio era forte e destemido, além de implacável com opressores dos mais fracos. Boa parte dos sermões escritos por Santo Antônio foi guardado, comprovando a reputação de homem muito sábio e intelectual, que dominava bem assuntos de ordem pública.
Milagres de Santo Antônio
Padroeiro das cidades de Pádua e de Lisboa, Santo Antônio é responsável por vários milagres, de acordo com a Igreja Católica. O primeiro teria acontecido ainda em vida. “reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar e insta os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre António Vieira que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa”, explica o site da comunidade católica Canção Nova. Este é um dos motivos que explica o fato de Antônio ser padroeiro dos pescadores.
“No segundo milagre, Santo António livra o pai da forca. Conta a lenda que estando o Santo a pregar em Pádua, sentiu que a sua presença era necessária em Lisboa e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio reflexão. Simultaneamente (e mercê do dom de bilocação) encontra-se em Lisboa, onde seu pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado e questionado pelo Santo, afirma a inocência do pai de Santo António e volta a descansar”, acrescenta a Canção Nova em seu site.
O terceiro grande milagre teria acontecido já no fim da vida de Antônio. “O terceiro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde curioso espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei António; depara-se-lhe então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo António. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, descobre o ‘espião’, fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte”, explicou a reportagem do site da Canção Nova.
Por que Antônio é considerado o Santo Casamenteiro?
Confira oração de Santo Antônio:
“Santo Antônio, curai as feridas da vida sentimental.
Santo Antônio, curai as feridas da vida sentimental.
Santo Antônio, curai as feridas da vida sentimental.
Santo Antônio recorremos a Vós porque sabemos que o casamento é uma vocação abençoada por Deus.
É o Sacramento do amor comparado ao Amor de Cristo para com a Igreja.
Abençoai todos aqueles que se sentem chamados ao matrimônio.
Santo Antônio ajudai que o namoro e o matrimônio sejam alicerçados pelo amor sincero e pela verdade constante.
Coloque no coração dos namorados e dos casais, verdadeiros sentimentos de afeto.
Fazei com que contemplem um ao outro e busquem uma união abençoada por Deus, para que os namorados e os casais sejam capazes de vencer os possíveis problemas familiares e conservem sempre vivo o amor, para que nunca falte a compreensão e a harmonia familiar.
Oh! Glorioso Santo Antônio, que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai deste mesmo Jesus, a graça que Vos peço e Vos imploro do fundo do meu coração.
Santo Antônio, Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos méritos de quem agora Vos implora, mas antes fazei valer o Vosso grande prestígio junto a Deus para atender-me nesta insistente súplica.
Santo Antônio me defenda de todos os perigos, afaste de mim e do meu lar todas as tribulações.
Me proteja em todos os empreendimentos, me inspire na prática do bem e na busca da vida eterna.
Santo Antônio, rogai a Deus pelos namorados.
Santo Antônio, rogai a Deus pelos casais.
Amém.”
A ideia de que Santo Antônio é casamenteiro surgiu após alguns relatos de fieis. Um dos principais é o de uma jovem que, desesperada por não ter dinheiro para pagar o dote (dinheiro que mulheres pagavam à familia do marido para se casar), teria se ajoelhado diante de uma imagem do santo e pedido que solucionasse o problema. Segundo a lenda, pouco depois, moedas de ouro teriam aparecido diante da jovem, possibilitando o casamento.
Por: Rádio Jornal Pernambuco
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