Destino de Flordelis na Câmara dos Deputados será definido na terça-feira
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa vai se reunir para decidir se a deputada cometeu atos incompatíveis com o decoro Parlamentar.
A deputada Flordelis (PSD) é investigada pela morte do marido Clever Felix / Ldg News / Estadão Conteúdo
Rio – A Câmara dos Deputados marcou para a próxima terça-feira (1), às 13h, a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa que definirá o destino parlamentar da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). A reunião terá como pauta única a apresentação, discussão e votação do parecer do deputado Alexandre Leite (MDB-SP), referente à prática de atos incompatíveis com o decoro Parlamentar da deputada.
Para chegar em uma decisão é necessária a concordância da maioria absoluta dos deputados, ou seja, ter o mínimo de 257 votos. Caso a decisão do Conselho seja pelo afastamento ou a cassação do mandato da parlamentar, a decisão deverá passar pelo plenário. Neste caso, quem assume é o seu suplente.
Em seu último depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, no dia 13 de maio, Flordelis mudou o tom do seu depoimento e chorou ao afirmar que foi agredida pelo marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros em junho de 2019, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
A parlamentar também afirmou que esta fazendo tratamento psicológico, e durante as sessões de terapia, tem conseguido compreender que seu relacionamento com Anderson pode ter sido abusivo. Ainda de acordo com a parlamentar, seu marido ficava com mais da metade do salário dela como parlamentar. O dinheiro, segundo ela, era usado para pagar dívidas do casal e para manter a igreja em que atuavam.
Flordelis e mais nove réus irão à júri popular
Na decisão, assinada pela juíza do 3º Tribunal do Júri de Niterói (RJ), Nearis dos Santos Carvalho Arce, Flordelis dos Santos irá à júri popular pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em junho de 2019, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Outras nove pessoas indiciadas pelo crime também serão submetidas à decisão dos jurados.
O inquérito policial, aceito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), concluído pelo delegado Allan Duarte, aponta a parlamentar como mandante do assassinato. Ela foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Para a polícia, a morte do pastor Anderson do Carmo não teria como acontecer sem o consentimento de Flordelis. Segundo o delegado, na conclusão do inquérito, “A deputada é uma pessoa extremamente perigosa”. Flordelis diz que a filha Simone dos Santos foi quem pagou pela morte do pastor, mas o inquérito policial aponta contradições.
O DIA
RANOTÍCIAS