Mais uma vez, entra em campo o jogo do “toma lá da cá” do mundo político e Campos segue a cartilha

A antiga e nem um pouco sugerida como ética maneira de se fazer política, vem a tona na cidade de Campos no Norte do Estado do Rio de Janeiro, mais uma vez.

No início do ano, para se ter a maioria esmagadora em seu apoio na câmara municipal de vereadores, o atual prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, cooptou para o seu lado (apoio), fazendo uso do tradicional nefasto método do “toma lá da cá” praticamente todos os vereadores eleitos no último pleito municipal da cidade, ocorrido no ano passado (2020).

Porém, a lua de mel estremeceu quando o prefeito eleito, Wladimir Garotinho, começou a ter dificuldades de atender aos pedidos dos vereadores, inclusive com cargos comissionados como se é de costume, os famosos, (DAS), geralmente usados para seduzir os vereadores eleitos com apoio de seus cabos eleitorais, esses, que na grande maior parte das vezes, são contemplados e nomeados para ocuparem os disputados cargos. Com essa dificuldade no início de seu mandato, pois assumiu uma prefeitura atolada em dívidas e falta de recursos, o que fez com que a administração municipal se torne cada dia mais um gigante obstáculo para quem se senta na cadeira de prefeito da antiga cidade milionária do Brasil.

Fotomontegem: Folha 1

Desde o início desta novela, Campos teve a sua liderança politica, dividida entre duas partes. A primeira, vencedora de forma esmagadora da eleição municipal, por parte dos Garotinho, que com o apoio da população, de forma democrática, reconduziu ao poder municipal, o seu clã, que quatro anos anteriores, esta mesma população, os haviam postos fora da prefeitura, elegendo o então representante da esperança, o vereador Rafael Diniz ao cargo de prefeito da cidade. 

Conclusão: a gestão Diniz, levada por inúmeros motivos, dentre eles, a enorme dívida deixada pelos Garotinho, o que fez com que inclusive na época, o ex-governador, Anthony Garotinho, dissesse que Rafael não concretizaria o seu primeiro semestre no governo campista, pois, além da falta de administração, não teria também dinheiro para governar. Daí, o governo Diniz foi um verdadeiro desastre, culminando com a chegada da inesperada pandemia, se tornando uma grande decepção para os campistas.

Neste imbróglio, vários vereadores eleitos, e que seduzidos dentre outras coisas, pelos famosos cargos comissionados, (DAS), se encantaram com o poder e se embandeiraram para o lado governista onde se encontra o prefeito, Wladimir Garotinho.

Um outro pequeno, porém não menos importante no cenário, grupo de vereadores, que tinham como seu líder, o deputado Rodrigo Bacelar, filho do ex-vereador, Marcos Bacelar, ferrenho adversário politico dos Garotinho, antes mesmo do pleito eleitoral acontecer, se reuniu com o seu líder político, e chegaram a conclusão, que deveriam partir para o lado daquele que viria a se sagrar prefeito de Campos, ou seja, Wladimir Garotinho.

Mas o preço que o filho do todo poderoso Garotinho, viria a pagar por deixar a Câmara de deputados federais em Brasília, para se tornar prefeito da cidade falida de Campos, que outrora havia sido reduto eleitoral de sua família, está sendo alto demais.

Revoltados com a demora em verem seus pedidos atendidos, pois eram cobrados pelos seus cabos eleitorais diariamente para cumprimento de acordos de campanha, um grupo de vereadores, resolveu abandonar o barco governista, até mesmo, aqueles que já teriam sido contemplados com algumas nomeações de confiança, o que imediatamente, foram retaliados pelo prefeito, que fazendo uso do DO, Diário Oficial, exonerou os cabos eleitorais daqueles que com ele romperam.

Mas o transbordamento do copo (paciência), por parte dos ilustres vereadores, foram as atitudes de reformas trabalhistas divulgadas pelo prefeito, que já se tornaram conhecidas como (Pacote de maldade).

Daí então, eis que entra em cena, o SIPROSEP, Sindicato dos Profissionais dos servidores Públicos de Campos, que de imediato, ao tomar ciência das medidas que seriam adotadas por Wladimir e que de imediato iriam prejudicar os já combalidos funcionários públicos municipais, correu para se reunir com alguns desses novos desafetos do alcaide campista. Uma comitiva liderada pela presidente do órgão que representa os funcionários municipais, foi até a câmara nesta terça-feira e se reuniu com alguns vereadores. Confiram:

Esses novos políticos já construíram a formação de um novo bloco “independente” de vereadores campistas que até o momento está formada por: Confiram:

Igor Pereira SOLIDARIEDADE 77000 | Candidato a vereador | Campos dos  Goytacazes - RJ | Eleições 2020 | EstadãoHelinho Nahim PTC 36789 | Candidato a vereador | Campos dos Goytacazes - RJ  | Eleições 2020 | EstadãoRogerio Matoso DEM 25345 | Candidato a vereador | Campos dos Goytacazes -  RJ | Eleições 2020 | Estadão

Fotos: Política Estadão

Igor Pereira (SD), Helinho Nahim (PTC) e Rogério Matoso (DEM). Esses, que tiveram seus cabos eleitorais exonerados pelo prefeito.

Juntando-se à eles, vem:

Marcione da Farmacia DEM 25880 | Candidato a vereador | Campos dos  Goytacazes - RJ | Eleições 2020 | EstadãoThiago Rangel PROS 90333 | Candidato a vereador | Campos dos Goytacazes -  RJ | Eleições 2020 | EstadãoAnderson de Matos REPUBLICANOS 10123 | Candidato a vereador | Campos dos  Goytacazes - RJ | Eleições 2020 | Estadão

Fotos: Política Estadão

Marcione da Farmárica (DEM), Thiago Rangel (Pros) e Anderson de Matos (Republicanos), que também tiveram seus cargos de confiança, cortados pelo prefeito.

Mas não para por aí, pois além dos DAS, existem também, os famosos RPAS, ligados a esses novos rebeldes, aqueles que o ex-prefeito Rafael Dinis, abandonou sem pagamento ao deixar a prefeitura de Campos, por diversos meses de sua trágica administração. Esses também, já devem estar com seus salários fadados a desaparecer.

Mas a crise política vai mais além. O respeitado líder do governo na câmara, o vereador Álvaro Oliveira, que sempre pautou sua conduta de forma exemplar, enquanto o único vereador de forma efetiva, contrário a forma de governar do então prefeito Rafael Diniz, tendo inclusive na época, ocupado a tribuna e rasgado um projeto do então prefeito, onde se tratava de segundo ele, prejudicar o funcionalismo municipal. Se vê agora, na maior saia justa, pois até momento, não se sabe qual posição que o nobre político, irá adotar diante do atual quadro.

Relembrem o caso:

A crise atingiu até o setor produtivo de Campos, pois nas medidas do prefeito, supostamente estariam, aumento da carga tributária, de um comércio que há muito vive uma crise financeira, com inclusive, grande parte das lojas centrais, com suas portas fechadas, pois não tem para quem vender e nem tão pouco como pagar seus compromissos de aluguel e também trabalhistas.

Confiram o manifesto oficial do órgão:

RANOTÍCIAS

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