Israel bombardeia Gaza para conter militantes palestinos
Em uma ofensiva de 40 minutos antes do amanhecer, ao menos 13 palestinos foram mortos, incluindo uma mãe e seus três filhos, cujos corpos foram recuperados dos escombros de sua casa, disseram autoridades de saúde de Gaza.
A operação israelense incluiu 160 aeronaves, além de tanques e fogo de artilharia, fora da Cidade de Gaza, disse o coronel Jonathan Conricus, porta-voz dos militares de Israel.
As levas de foguetes palestinos contra o sul de Israel vieram na sequência no quinto dia dos combates mais intensos entre Israel e militantes de Gaza desde 2014.
Mais tarde, uma autoridade militar israelense disse que mais de 2 mil foguetes foram disparados de Gaza a Israel desde o início do conflito e que seu país destruiu vários quilômetros de túneis usados pelos militantes.
Pelo menos 126 pessoas foram mortas em Gaza desde segunda-feira (10), incluindo 31 crianças e 20 mulheres, e 950 ficaram feridas, disseram autoridades médicas palestinas.
Entre os oito mortos em Israel estão um soldado que patrulhava a fronteira de Gaza e seis civis israelenses, incluindo duas crianças, segundo autoridades israelenses.
O Egito lidera os esforços internacionais para obter um cessar-fogo e impedir que o conflito se dissemine. Fontes de segurança disseram que nenhum dos lados parece receptivo até agora, mas uma autoridade palestina disse que as negociações se intensificaram nesta sexta-feira.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou por um cessar-fogo imediato.
“Os combates têm o potencial de desencadear uma crise humanitária e de segurança irrefreável e fomentar ainda mais o extremismo…”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu a volta da paz durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O Hamas, grupo islâmico que comanda Gaza, disparou os ataques de foguete na segunda-feira para retaliar choques da polícia israelense com palestinos perto da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islã, em Jerusalém Oriental.
Desde então, os episódios de violência se espalharam em cidades onde judeus e a minoria árabe de Israel convivem lado a lado. Também houve confrontos entre manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada, onde autoridades de saúde disseram que 11 palestinos foram mortos nesta sexta-feira.
Por Nidal al-Mughrabi e Stephen Farrell – Repórteres da Reuters – Gaza/Jerusalém
EBC
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