VÍDEO: policial civil morto em operação tinha 8 anos de corporação e deixa mãe de cama, vítima de AVC
André Frias, de 48 anos, foi atingido na cabeça
por um disparo de fuzil. Segundo a polícia, o
tiro partiu do alto de um terraço atrás de um
muro de concreto com furos para atiradores.
Enterro é nesta quarta.
Policial civil André Frias, morto na operação desta manhã de quinta-feira (6), no Jacarezinho, Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução
O policial também era responsável pelo sustento da mãe que sofreu um AVC há três anos e vive sobre uma cama.
Entre várias operações, o policial Frias participou da apreensão de 60 fuzis ocorrida no Galeão em 2017.
Frias participou da apreensão de fuzis no Galeão, em 2017 — Foto: Reprodução
O agente foi atingido por um tiro na cabeça pouco depois das 6h, quando começou a operação. Ele tinha acabado de descer do Caveirão, o veículo blindado da Polícia Civil.
A decisão de descer do Caveirão e seguir a pé pela favela aconteceu após a equipe que estava no interior do veículo se deparar com barreiras colocadas por traficantes no meio da rua.
Seis policiais desceram do veículo e entraram na comunidade do Jacarezinho a pé. André Frias era um dos últimos da fila de agentes. A partir do momento em que deixaram o Caveirão, a equipe começou a ser alvo dos disparos.
Segundo a polícia, havia uma espécie de casamata, feita de concreto com um buraco para que o criminoso coloque o fuzil e realize os disparos. Foi de lá que partiu o tiro que atingiu o policial.
“O policial baleado na cabeça foi alvejado de uma construção de concreto. Havia várias dessas na favela. Eles se planejaram. Tiveram tempo. Fizeram um bunker de defesa para atacar a polícia”, contou Rodrigo Oliveira, subsecretário Operacional da Polícia Civil.
Dois policiais já estavam abrigados e um terceiro ferido no braço quando um disparo bateu no chão, ricocheteou e atingiu a cabeça de André Frias que estava agachado.
“Se tivéssemos o helicóptero, com câmera e todo o suporte, talvez o policial não tivesse morrido. Talvez tivéssemos menos mortos. Porque ele protege a todos. O helicóptero diminui confronto. Com o helicóptero há menos letalidade”, disse Ronaldo Oliveira, assessor especial da Secretaria de Polícia Civil.
Abrigos construídos por traficantes no interior da comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução
VÍDEO: WHATSAPP
Por Leslie Leitão e Marco Antônio Martins, G1 Rio
RANOTÍCIAS