Rápida investigação aponta que jovem que matou namorado em Campos agiu em legítima defesa
A estudante de Direito G.M.C., de 19 anos, vai responder pela morte do namorado, Maurício Pinto Dias, 22 anos, em liberdade. As investigações apontaram que ela agiu em legítima defesa. O caso aconteceu na madrugada dessa segunda-feira (3), em um apartamento no Parque São Caetano, em Campos. A delegada adjunta da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Madeleine Farias, falou sobre o crime, na tarde dessa terça-feira (4). Durante a entrevista coletiva, Madaleine defendeu o movimento “Em briga de casal, se mete a colher”.
Segundo a delegada, o casal se conheceu em 20 de junho do ano passado e manteve um namoro conturbado, de “idas e vindas”, com histórico de violência. Inclusive, de acordo com Madeleine, os jovens tinham reatado o relacionamento no sábado anterior à morte do rapaz, com três facadas, que ocorreu após uma briga que chamou a atenção dos vizinhos.
No Instituto Médico Legal (IML), foi confirmado que a jovem tinha lesões pelo corpo, como hematomas, marcas de esganadura e um corte na perna direita. “A conclusão de legítima defesa não quer dizer que ela não será investigada, processada e julgada. Ela só não será levada à prisão. O inquérito deve ser concluído em 30 dias e passará para o Ministério Público”, disse a delegada.
De acordo com a Polícia Civil, a própria jovem acionou a Polícia Militar após o ocorrido e o Corpo de Bombeiros. Ela contou que seria vítima de agressões por parte do companheiro e, por isso, já havia até saído de casa, inclusive, na noite do crime, quando saiu com um casal de amigos, que esteve com eles naquela noite na residência.
O caso foi registrado na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), delegacia de área do final de semana. A delegada plantonista, Madeleine Farias, informou que a investigação foi repassada para a 134ª DP (Centro). O casal de amigos, vizinhos e familiares ainda serão ouvidos pela polícia.
A orientação da delegada é que em casos de se presenciar uma briga, cabe sempre chamar a polícia. “Esse caso, infelizmente, poderia ter tido um desfecho diferente”, disse.
Folha 1
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