Novos protestos por casas interditam BR 101 e ponte da Lapa em Campos
A concessionária Arteris Fluminense informou que uma manifestação interditou a BR 101, nos dois sentidos, na altura do km 57, em Campos, no final da tarde desta sexta-feira. No local, famílias reivindicavam a entrega das casas populares do conjunto habitacional Novo Horizonte, em Guarus. Na ponte Saturnino Brito, na Lapa, outro grupo também protestava. Contemplados no Minha Casa Minha Vida alegam que ainda não receberam as chaves dos imóveis. Na última quarta-feira, o grupo também havia realizado manifestação e entraram nas casas. Nesta sexta, eles foram notificados para deixar o lugar.
Um dos manifestantes e presidente da associação de moradores do Conjunto Residencial do Aeroporto, Marcelo contou que os moradores do Parque Aeroporto pedem pela celeridade no processo da entrega das casas.
“Eles pediram um prazo de 30 dias, mas várias pessoas que são beneficiárias do aluguel social estão com o aluguel atrasado. Na gestão do prefeito Rafael Diniz, parece que ficaram oito meses sem pagar. Então, os donos dos imóveis estão despejando os locatários. A gestão Wladimir parece que efetuou o pagamento de dois meses da gestão dele. Mas os aluguéis estão atrasados desde a gestão Rafael. É preciso colocar isso em dia. Precisa agilizar o processo de entrega dessas casas. É uma realidade muito triste. Uma fase dessa de pandemia, onde vários chefes de família perderam o emprego, onde vivem no aluguel. Você entra na casa das pessoas, abre a geladeira hoje, e só encontra água e ovo para comerem, porque o que tem de dinheiro tem que pagar o aluguel”, disse.
Ainda de acordo com Marcelo, já são 776 casas prontas e que poderiam estar beneficiando os moradores que foram sorteados para receber os imóveis.
“As obras estão prontas, são mais de três anos de espera. O que nós queremos é que a Prefeitura, a Caixa e a Realiza se entendam. Quem não tem que pagar essa conta são os beneficiários”, enfatizou.
A análise dos contemplados é feita pela Caixa Econômica Federal (CEF) e após a finalização deste processo que o banco tomará as providencias necessárias. A posse das chaves e a entrega dos imóveis são de responsabilidade do banco. Na quarta-feira, após o protesto, a Prefeitura informou que segue na mediação dos contemplados do Conjunto Habitacional Novo Horizonte.
De acordo com o secretário Rodrigo Carvalho, a Prefeitura tem reiterado a necessidade da celeridade na entrega das unidades habitacionais, tendo em vista o contexto da pandemia e a vulnerabilidade dos sorteados. Em resposta à secretaria, a instituição financeira diz que segue a análise da documentação para definir a data de entrega.
Também em nota, na quarta, a Caixa informou que “os residenciais Novo Horizonte I, II e III, em Campos, são compostos por 772 unidades habitacionais, contratadas no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida – Faixa I – FAR. Os empreendimentos formam concluídos em março de 2021 e estavam em fase final de indicação e análise da demanda de beneficiários informada pela Prefeitura. Na data de ontem houve um movimento de invasão nas unidades e a Construtora Realiza, responsável pela obra, está tomando as providências necessárias para reintegração de posse dos empreendimentos. A Caixa acompanha a atuação da construtora para que haja a reintegração de posse das unidades, viabilizando a sua entrega aos legítimos beneficiários, à luz das regras do programa”.
Folha 1
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