MPF denuncia ex-prefeito e mais sete por fraude de licitação em Carapebus
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o secretário de Governo de Carapebus e ex-prefeito, Eduardo Cordeiro, o secretário de Saúde, Leonardo Sarmento Charles, o gestor do Fundo Municipal de Saúde, Phelippe Rocha Nogueira, o diretor do Pronto Atendimento Carlitos Gonçalves, Nélio Fernando Fonseca, do coordenador do almoxarifado da Secretaria de Saúde, Manoel de Paula Neto, além de três empresários, por fraude licitatória e superfaturamento na contratação e montagem do hospital de campanha para atendimento de pacientes com suspeita de contaminação pela Covid-19.
A denúncia é resultado da Operação Scepticus, deflagrada em junho de 2020, com o objetivo de apurar fraudes em diversas dispensas de licitação abertas pela secretaria de saúde de Carapebus, para promoção de ações de combate ao novo coronavírus.
Segundo a investigação, os servidores públicos denunciados forjaram o processo de dispensa de licitação para montagem do hospital de campanha, com o objetivo de beneficiar a empresa Talimaq Construtora Ltda. – ME. O MPF diz que o esquema também contava com a participação da Planning Empreendimentos e Serviços Eireli ME, e da Mecafort Consultoria Especializada, que apresentaram propostas de preço dentro do procedimento de dispensa.
A Prefeitura de Carapebus pagou R$ 1.352.698,00 pela montagem e manutenção do hospital de campanha pelo prazo de três meses. Perícia realizada pela Polícia Federal apontou um superfaturamento total de R$ 763.395,48, por meio da prática do sobrepreço na estimativa do preço e pela substituição de itens da planilha por outros de valor inferior.
Fonte: Folha
Mírian Vieira