Professor Fernando da Silveira e o Cantor Dom Américo são os homenageados do Prêmio Alberto Ribeiro Lamego

Foram definidos os homenageados de 2020 do Prêmio Alberto Ribeiro Lamego, principal honraria do setor cultural em Campos, cuja entrega acontece sempre no ano seguinte. Se reunindo por meio de videoconferências, o Conselho Municipal de Cultura (Comcultura) escolheu para serem homenageados o jornalista, professor e advogado Fernando da Silveira, de 91 anos, e o músico Osvaldo Américo de Freitas, o Dom Américo (in memoriam), que completaria 70 anos nesta quinta-feira (18). 

Nascido em Campos, Fernando da Silveira saiu da cidade e foi para o Rio de Janeiro em 1949. Ele trabalhava no jornal Monitor Campista e passou a atuar em O Radical. Um ano depois, serviu ao Exército, e em 1951, foi para o Diário Carioca. Trabalhou também em O Popular e dirigiu a revista Beira-Mar. Na década de 1960, passou a adotar o pseudônimo João da Ega, misturando o célebre personagem do romance “Os Maias”, de Eça de Queiros, com outro do conto “O Homem que Falava Japonês”, de Lima Barreto. De volta a Campos, Fernando trabalhou em vários veículos de comunicação locais, como Folha da Manhã, A Notícia e A Cidade. No magistério, foi professor universitário até os 90 anos de idade, em 2019.
O outro homenageado, Dom Américo, marcou seu nome no cenário cultural de Campos e região por meio da música. Influenciado por Cauby Peixoto e Agnaldo Timóteo, quando adolescente ainda não tinha noção de que as primeiras apresentações, em 1967, nos tempos de estudante da Escola Agrícola Estadual Antônio Sarlo, eram a porta de entrada para uma carreira com 53 anos de duração. Também conhecido como Osvaldão, ele ingressou no cenário profissional em 1969, como crooner do conjunto The Kings, de São João da Barra. Em meados da década seguinte, passou a integrar o Apollo 7, da cidade mineira de Tombos. Retornou a Campos em 1980, para a Banda Abertura, onde permaneceu por 16 anos, até montar a célebre banda Dom Américo e Seus Comparsas, dividindo palco, entre outros músicos, com seu filho mais velho, Apollo Ramidan. Dom Américo morreu em maio do ano passado, aos 69 anos, por falência múltipla dos órgãos.
A data de entrega do Prêmio ainda não foi divulgado.
 
Mírian Vieira
RANOTÍCIAS

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