“Serei a deputada que vai ajudar Wladimir a trazer recursos para Campos”, afirma Clarissa

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Foto: Tribuna FM
Em entrevistada concedida nesta quinta-feira (4) a uma emissora de rádio do Grupo Folha, a deputada federal Clarissa Garotinho comentou a sua movimentação na Câmara buscando verbas para auxiliar o seu irmão, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD), na administração do município. Foi citada por Clarissa a viabilização de sua parte de R$ 9 milhões em emendas extra-orçamentárias destinados a Campos, sendo R$ 6 milhões para a Agricultura e R$ 3milhões para o Desenvolvimento Regional, que estão em processo para liberação da verba.
— A minha base eleitoral não é voltada para o Grande Rio. Isso aconteceu na última eleição, porque nós tomamos uma decisão política de que era importante Wladimir ser deputado federal, até porque nós tínhamos o objetivo de que ele fosse candidato a prefeito de Campos. Era importante ele ter experiência, ter passado por um mandato, construir essa relação em Brasília, justamente para facilitar trazer novos investimentos para a cidade. Como eu tinha tido uma boa votação na eleição anterior, nós entendemos que a gente tinha que se dividir: que eu tinha que ficar mais na capital naquele momento para que ele tivesse espaço mais aberto no Norte Fluminense, especialmente na cidade de Campos — disse Clarissa. — Agora, é um processo natural que eu me reaproxime mais da cidade e seja, de fato, a deputada que vai ajudá-lo a trazer os investimentos para a cidade. Eu tenho conversado muito com Wladimir, e ele tem me relatado que a situação de Campos está absolutamente dramática — pontuou.
Segundo Clarissa, além das emendas extra-orçamentárias, outros recursos serão viabilizados para a planície goitacá nos próximos meses.
— As pessoas não podem esperar que as transformações que a cidade precisa aconteçam em um período muito curto, porque o período agora, realmente, é de arrumar a casa, enxugar despesa, buscar dinheiro novo, e é o que eu tenho feito. Inclusive, eu apresentei R$ 9 milhões em emendas extra-orçamentárias, já no início deste ano, para a cidade de Campos, sendo R$ 6 milhões no Ministério da Agricultura, voltados para equipamentos e infraestrutura da área de agricultura, e também mais R$ 3 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional, que serão usados para melhorar a segurança no trânsito no perímetro urbano: melhorar a sinalização das vias da cidade — lembrou a deputada. — Também teremos as nossas emendas individuais, onde eu vou mandar mais de R$ 10 milhões para Campos em projetos que nós ainda estamos selecionando. Depois, também teremos as emendas de bancada, que são as emendas de toda a bancada do Rio de Janeiro, e eu já tenho conversado com outros parlamentares do nosso estado que também vão ajudar a destinar emendas de bancada para a cidade de Campos — acrescentou.
A movimentação nos bastidores passa inclusive por uma troca de partido por parte da deputada. “O meu partido, hoje, o Pros, é um partido pequeno. Eu estando num partido maior, como o PSD, que é o partido dele (de Wladimir), num partido maior você tem mais força e mais diálogo com o governo para conseguir atrair mais recursos para a nossa cidade. Então, estou muito feliz com essa parceria, com essa expectativa, e de poder servir a nossa querida cidade de Campos e toda a região”, comentou Clarissa.
Também foi revelado pela parlamentar o desejo de trocar de comissão na Câmara dos Deputados, de forma a atuar em áreas específicas que possam gerar mais benefícios a Campos.
— Sempre fui membro da Comissão de Constituição e Justiça, que é a comissão mais importante da Casa, a comissão por onde passam todas as discussões do Brasil. Mas, ao mesmo tempo, você não consegue ali focar em alguns temas mais específicos. Então, eu já adiantei ao meu partido que, na formação das comissões, eu gostaria de ir agora para a Comissão de Agricultura e Pecuária e também para a Comissão de Minas e Energia, e o partido vai buscar essa composição para que a gente consiga consolidar essas posições. Isso vai ser muito importante. Se a gente conseguir, de fato, ficar nessas comissões, como membro titular principalmente, vai ser muito importante, porque isso nos dará muito mais diálogo com o Ministério da Agricultura. É natural, porque as discussões sobre os projetos da agricultura passam por essa comissão. Fiz essa opção por entender que são dois temas muito importantes ligados ao estado Rio de Janeiro e também às nossas regiões Norte e Noroeste, a Campos — explicou.
Questionada sobre a sua opinião a respeito do primeiro mês de governo municipal de Wladimir Garotinho, Clarissa abdicou-se de dar uma nota — “nota de irmã não vale” —, mas pediu cautela aos campistas e elogiou a articulação política do irmão.
— O que a população não quer é ver um governo quatro anos apenas culpando a gestão passada. Então, é importante a gente dizer e sempre relembrar o que a gente encontrou e as dificuldades que a gente vive, não só por uma má gestão, mas também por uma queda de arrecadação, sejamos justos. Houve uma queda de arrecadação muito grande relacionada ao petróleo, e isso também prejudica a gestão. Estamos num momento em que a arrecadação tem caído por causa da crise, por causa da pandemia. Então, isso agravou ainda mais a questão da arrecadação, as receitas diminuíram. Tenho certeza que a população vai dar um período de tolerância, até porque a população viveu o governo da Rosinha — disse ela. — Quando o Wladimir pede paciência e tolerância, é porque o momento é difícil. A situação é absolutamente dramática. Mas, nós vamos trabalhar todos os dias, de forma incansável, para fazer com que a gente consiga que a cidade respire. Que a gente consiga honrar os compromissos, honrar os pagamentos e consiga, aos poucos, ir trazendo também um pouco de investimento para a cidade, que é o que a cidade precisa. Então, eu tenho certeza que ele pediu uma tolerância de quatro anos, mas é uma tolerância para entender que vai ser um governo modesto. Que talvez não seja um governo com toda a abundância de programas sociais que a gente teve na gestão da Rosinha — enfatizou.
Na opinião da irmã do prefeito campista, fatores como o mandato de Wladimir como deputado federal e agora a eleição de Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara, com voto dela, serão fatores positivos para que a cidade de Campos seja beneficiada. Também foi mencionado o passado político dos pais, o ex-prefeitos e ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho.
— Wladimir tem articulação. Não é só porque tem uma irmã deputada federal, mas porque tem um grupo político experiente que o aconselha. O Wladimir é o prefeito, e as decisões são dele, mas ele tem acesso a outros prefeitos, a dois ex-governadores, tem uma deputada federal que é irmã dele e está em Brasília. Ele foi deputado federal e construiu um relacionamento positivo também com outros deputados, que também vão ajudar a cidade. Nós entendemos o movimento, apoiamos o presidente da Câmara dos Deputados que se elegeu. Isso vai nos ajudar a trazer recursos para a cidade. Então, a articulação política é fundamental, é necessária — disse a deputada, que anteriormente já havia citado como aliado de Wladimir o secretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bruno Dauaire (PSC).
— Eu tenho certeza que o prefeito Wladimir, junto com o vice-prefeito (Frederico Paes, MDB), com todos os seus secretários, com a deputada federal Clarissa Garotinho, com o secretário (estadual) Bruno (Dauaire), nós todos estaremos trabalhando todos os dias para que Campos possa respirar, e a gente possa começar a arrumar a casa e trazer investimento.
 
Folha 1
RANOTÍCIAS
 
 

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