Um dia após eleições para presidência da Câmara e do Senado, ALERJ fará eleição para a presidência da casa nesta terça-feira (2).

Nova comissão de impeachment de Witzel é aprovada pela Alerj | VEJA

Foto: VEJA

Um dia após as eleições em que estarão sendo escolhidos os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado do Brasil, com apenas uma chapa inscrita, o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), deve ser reeleito para o cargo no próximo biênio (2021/2022), na eleição que acontece na terça-feira (2), quando termina o recesso. O Norte e Noroeste Fluminense continuarão representados na Mesa Diretora com dois dos três deputados estaduais eleitos pela região em posições de destaque.

André Ceciliano, Chico Machado e Jair Bittencourt

André Ceciliano, Chico Machado e Jair Bittencourt

Nos bastidores do Palácio Tiradentes – sede da Alerj – é dada como certa a manutenção da grande maioria dos cargos na Mesa Diretora. Entre eles, a primeira vice-presidência, que atualmente é ocupada pelo itaperunense Jair Bittencourt (PP). Outro deputado da região, o macaense Chico Machado (PSD), também vai ser mantido no alto escalão da Alerj. A dúvida ainda é se será como primeiro secretário ou como segundo vice-presidente.
Caso a segunda hipótese se confirme, e Norte e o Noroeste estarão representados na linha de sucessão de Ceciliano, uma vez que o petista também atua indiretamente como vice-governador já que Wilson Witzel (PSC) foi afastado do cargo e o vice eleito, Cláudio Castro (PSC), é quem está exercendo o comando do Rio de Janeiro.
Aliás, os movimentos políticos de Castro em busca de uma base na Alerj têm influencia direta na composição do Legislativo e na bancada do interior fluminense. Isso porque o governador em exercício convidou alguns deputados para assumirem os trabalhos em secretarias estaduais. Um deles foi Bruno Dauaire (PSC), que atualmente é titular da secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
A pandemia de Covid-19 também desfalcou a bancada regional, mais especificamente a de Campos, com as mortes dos deputados Gil Vianna (PSL) e João Peixoto (DC), vítimas da doença em 2020. Além disso, as eleições municipais do ano passado também tiraram Welberth Rezende (Cidadania) da Alerj, já que ele foi eleito prefeito de Macaé.
Com isso, o único representante do maior município do interior fluminense é o deputado Rodrigo Bacellar (SD). Apesar de uma relação próxima com André Ceciliano, ele é o único parlamentar da região que não terá uma cadeira na Mesa Diretora. Bacellar foi relator da comissão do impeachment de Witzel na Casa.
Outro que também tem grande prestígio com o presidente é Chico Machado, que foi presidente da mesma comissão e atualmente integra o Tribunal Misto, que julga em definitivo o afastamento de Wilson Witzel.
 Em 2019, Ceciliano obteve 49 votos favoráveis, sete contrários e oito abstenções. A expectativa é que a chapa encabeçada por Ceciliano tenha uma quantidade de votos favoráveis ainda maior, com até 70 votos favoráveis e em torno de cinco abstenções.
 
por Aldir Sales
Folha 1
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