André Ceciliano é surpreendido com ação judicial de dois deputados.Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia

A gestão do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, André Ceciliano, parecia navegar em mar de rosas, ao ponto de ser considerada natural a sua reeleição para o posto. As qualidades pessoais do deputado passam pelo seu “espírito agregador”, dizem seus amigos. Um deles destacou que o petista “consegue conversar com a direita e com a esquerda e ser respeitado e ouvido pelas duas correntes”. Outra qualidade, segundo aqueles que admiram Ceciliano, é que “o presidente da Alerj deu um toque profissional à sua administração. Ele deixou as equipes técnicas trabalharem, e isto melhorou o compliance da Casa. O André trouxe o Sérgio Pimentel para assumir a Procuradoria-Geral, o Wagner Victer para a Direção Geral, o controller é oriundo do TCE. Ele deu profissionalismo ao Legislativo fluminense”, conclui.

PROBLEMAS

Por coisas assim é que os parlamentares se dizem surpreendidos com a ação judicial apresentada pelos deputados Tia Ju e Carlos Macedo, ambos da Igreja Universal, contra a reeleição de Ceciliano. O advogado dos dois parlamentares é do partido deles, o Republicano, que não poupou nas pesquisas sobre jurisprudências que analisam os casos de reeleição no Legislativo. Só que, no caso do Rio de Janeiro, é ponto pacífico que presidentes podem ser reeleitos. Os motivos da reação considerada “vingativa” por parte dos deputados da Universal é pelo fato de Tia Ju não ter sido reconduzida à Mesa Diretora, de onde se afastara para assumir a Secretaria de Assistência Social do governo Crivella. Ao voltar, quis ser candidata à presidente da Alerj, mas só obteve apoio do colega da Universal, Carlos Macedo. Depois, quis ser Secretária de Assistência Social do Estado (já que tinha tomado gosto pelo Executivo), mas também não teve êxito. 

Pente fino na saúde do Rio
Atua em sigilo uma espécie de força tarefa designada para investigar desvios na área da Saúde do governo Crivella. A devassa começou pelas atividades dos chamados “Guardiões do Crivella” e já foi feito um mergulho para entender como funcionava o chamado “QG da Propina”. A próxima fase recairá sobre um vereador que teria liderado algumas operações consideradas suspeitas. O resultado do pente fino será encaminhado ao Ministério Público e a Polícia Civil. 
 
POR NUNO VASCONCELLOS
O DIA
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