Athletico vence o Flamengo, que vê Inter abrir distância na liderança
Com gols de Abner e Renato Kayzer, Furacão vence o Flamengo na Arena da Baixada.
Curitiba – Fiel ao pragmático estilo, Rogério Ceni frustrou os planos do torcedor rubro-negro na Arena da Baixada. Não apenas pela derrota para o Athletico-PR, por 2 a 1, neste domingo, mas pela falta de ousadia na reta final num momento de definição do Campeonato Brasileiro. Não foi em Curitiba que a dupla Gabigol e Pedro foi colocada em ação. Com Bruno Henrique, suspenso, o substituto Vitinho foi o retrato da falta de ambição do Flamengo na corrida pelo título. Com o tropeço, o Rubro-Negro, com 55 pontos, não depende mais de si para ser campeão. Com a vitória sobre o Grêmio, por 2 a 1, de virada, o Inter abriu sete pontos de vantagem na ponta.
Embalado pelas vitórias sobre Goiás e Palmeiras, o Flamengo, definitivamente de volta à briga pelo título, tomou a iniciativa em Curitiba. Com a marcação adiantada, pressionou a saída de bola e chegou a quase 70% de posse de bola num pequeno ‘déjà vu’ do estilo adotado pelo técnico Jorge Jesus no mágico ano de 2019. Mas a versão de Rogério Ceni pouco lembrou a ‘fome’ de atacar.
Na ausência de Bruno Henrique, suspenso, Gabigol sentiu a solidão no comando de ataque. Escolhido para substituir o camisa 27, Vitinho não correspondeu. Mal, errou quase tudo que tentou. Fora de sintonia, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta sobrecarregaram Diego na dupla função de volante e armador.
Na disputa de uma vaga na Libertadores, o Furacão foi perigoso quando encaixou o contra-ataque e Hugo Souza cresceu. Foram quatro boas defesas no primeiro tempo. O goleiro só foi vencido pelo bela finalização de Abner, livre de marcação, aos 24 minutos. A resposta do Flamengo veio pelo alto. Contestado, Gustavo Henrique, que substituiu Rodrigo Caio, machucado, explorou a estatura de 1,94m para empatar de cabeça, aos 33.
Após os ‘presentes’ recebidos nas duas rodadas, por méritos próprios e tropeços dos correntes diretos, a impressão ao fim do primeiro tempo foi de que faltou ‘apetite’ ao Flamengo. À moda Ceni, conservador, o Rubro-Negro voltou com a mesma formação para o segundo tempo. Quando o treinador chamou Pepê e Pedro, o torcedor certamente se animou com a chance de ver o camisa 21 ao lado de Gabigol. A decepção foi grande quando o artilheiro rubro-negro foi sacado. Pepê entrou no lugar do apagado Everton Ribeiro e não mudou o apático panorama ofensivo.
Oito minutos após sacar Gabigol, Rogério Ceni substituiu Arrascaeta pelo centroavante Rodrigo Muniz, o que gerou muita reclamação da torcida nas redes sociais, incoformada com a recusa do treinador de escalar o camisa 9 ao lado de Pedro. O castigo pela falta de apetite aconteceu com o gol de Renato Kayser, aos 37 minutos.
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