Santos x Boca - Soteldo

Soteldo marcou o segundo gol do Santos na vitória por 3 a 0 contra o Boca (Foto: Andre Penner / POOL / AFP)

Foi uma noite mágica do Santos na Vila Belmiro. Ainda mais do que a do dia 16 de dezembro de 2020, quando o Peixe venceu o Grêmio por 4 a 1 e se classificou à semifinal da Libertadores. Nesta quarta-feira (13), o Alvinegro não tomou conhecimento do Boca Juniors (ARG) e com um placar clássico, de 3 a 0, garantiu o seu lugar na final do principal torneio sul-americano. 

Na Vila Belmiro, o Santos foi superior aos argentinos durante os 90 minutos, abriu o placar ainda no primeiro tempo, com Diego Pituca, e garantiu o marcador no início da etapa final, com tentos anotados por Soteldo e Lucas Braga. 

O Peixe está agora a uma partida do seu quarto titulo continental, e a decisão acontecerá no dia 30 de janeiro, contra o Palmeiras, no mesmo estádio do Maracanã.

INÍCIO AVASSALADOR DO PEIXE

Assim como no confronto de volta das quartas de final, contra o Grêmio, na Vila Belmiro, o Santos não tomou conhecimento do adversário ainda nos primeiros segundos de jogo. Se contra o Tricolor Gaúcho, o primeiro dos quatro gols do 4 a 1 saiu aos 11 segundos, contra o Boca aos 30 segundos de jogo Marinho abriu o compasso pelo lado direito de campo e acertou a trave desta do goleiro Andrada. Por muito pouco, novamente o Alvinegro não abre o placar antes do primeiro minuto de partida. 

PEIXE ABRE O PLACAR

E não demorou muito para que o Peixe fizesse o primeiro gol. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Soteldo alçou bola na área, após bate e rebate, com a bola inclusive batendo na mão do zagueiro López, do Boca, a redonda sobrou para Diego Pituca girar na entrada da pequena área e bater no contra pé do goleiro Andrada. Foi o primeiro gol desta semifinal. 

PEIXE CONTROLA AS AÇÕES

Após marcar o primeiro gol, o Santos diminuiu o seu ímpeto defensivo, mas soube se posicionar defensivamente. Com a linha de zaga bem postada, o Peixe mal deixou o Boca Juniors chegar ao seu gol. A única investida um tanto quanto perigosa dos argentinos aconteceu aos 33 minutos do primeiro tempo, quando Lucas Veríssimo dividiu e cabeça com Eduardo Sálvio e levou a pior, na sequência da jogada Villa tirou tinta do gol de João Paulo. 

Tanto o Santos dominou as ações ofensivas e controlou bem as defensivas nos primeiros 45 minutos, que a etapa inicial de jogo terminou com 11 finalizações santistas (quatro no gol), contra duas do Boca (nenhuma na meta de João Paulo). 

GOL DE CAMISA 10

Emblemático é o camisa 10 do Santos marcar um golaço, na Vila Belmiro, em uma semifinal da Libertadores. E isso aconteceu logo aos 3 minutos do segundo tempo. Soteldo, que não vinha fazendo uma grande partida, recebeu a bola pelo lado esquerdo do gramado, abriu o compassou e encheu o pé esquerdo no ângulo direito do goleiro Andrada. Com a camisa que imortalizou o Rei Pelé, o venezuelano aumentou a passada santista rumo à final da Libertadores. 

GOL DE TORCEDOR

Mais emblemático do que um gol de um camisa 10 do Santos em uma semifinal de Libertadores, é um tento anotado por um torcedor. Lucas Braga tem fotos acompanhando jogos do Peixe nas arquibancadas e chegou ao Peixe em 2019, se firmando no segundo semestre do ano passado, após ser emprestado a Inter de Limeira para a disputa do Campeonato Paulista e agradado.

O camisa 36, que já havia marcado um gol na Libertadores, na última rodada da primeira fase, quando o Peixe venceu, de virada, o Defensa y Justicia (ARG), por 2 a 1, na Vila Belmiro, o que foi o primeiro tento de Braga com a camisa santista, recebeu um passe açucarado de Marinho, que passou com muita facilidade pela marcação do Boca, pelo lado direito, e rolou a bola para trás. Lucas Braga, então, tocou na pequena área para o gol vazio. 

EXPULSÃO DE FABRA

E ainda teve tempo pra uma covardia argentina em campo. Aos 10 minutos do segundo tempo, o lateral-esquerdo Fabra dividiu pelo alto com Marinho, mas deixou as travas da chuteira no peito do atacante santista na queda. O atleta do Boca foi expulso no ato, pelo árbitro colombiano Wilmar Roldan.

PEIXE CONTROLA O JOGO

Após a expulsão de Fabra, o Boca Juniors não teve mais forças. O Peixe controlou as ações. Cuca preservou o pendurado Soteldo. O Alvinegro até criou algumas oportunidades em contra-ataques rápidos, mas tanto Madson, quanto Kaio Jorge pararam no goleiro Andrada. 

Por: Lance

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