Triste realidade: Sem dinheiro, Prefeitura de Campos prorroga por mais um ano obras do Camelódromo
Diariamente se pode ver centenas de pessoas transitando no meio da Rua Barão do Amazonas, trecho paralelo as obras entre os carros que disputam o restrito e pequeno lugar no local, pois todos ainda são obrigados a ter que dividir o espação com veículos que seguem há anos realizando carga e descarga durante o dia no lugar.
Eis que foi publicado, no Diário Oficial de Campos, a prorrogação por mais um ano das obras do Shopping Popular Michel Haddad, o Camelódromo, como é conhecido. A reforma como já dita aqui, foi iniciada lá atrás em 2014 no comprometido judicialmente histórico e desastroso Governo Rosinha Garotinho, e de acordo com o cronograma inicial, deveria ter sido entregue até o final de 2015, ainda durante a gestão da ex-prefeita, o que é de conhecimento público que nunca ocorreu.
O atual prefeito de Campos, Rafael Diniz, recebeu de herança a obra paralisada e seus cronogramas, inclusive empenhados financeiramente para ter que efetuar tais pagamentos, conforme sugere a prorrogação de prazo, mas sem dinheiro em caixa por inúmeros motivos, estes que os acabam parecer repetitivos em período pré-eleitoral, não deve concluí-la ainda em 2020.
O projeto inicialmente, na época totalmente viável, está orçado em R$ 9.985.938,34 e conta com 460 lojas, vestiários, sanitários, fraldários, praça de alimentação, sala de primeiros socorros e setores administrativos. Viável sim, pois naquele ainda período de fartura de dinheiro nos cofres da Prefeitura de Campos, ano de 2014, podia-se ter sido feito a obra.
Eis que no dia 6 de maio do ano passado, de 2019, a prefeitura anunciou o reinício das obras, mas os trabalhos foram interrompidos logo em seguida e assim permanecem desde então. Na época da retomada, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que os trabalhos já estavam 60% concluídos.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que as dificuldades financeiras dos últimos anos impediram que as obras fossem concluídas e lamenta que o novo Shopping Popular não tenha sido entregue no prazo inicial previsto pela gestão anterior, quando o município contava com mais recursos.
“Campos recebeu no mês de agosto, o terceiro menor repasse de royalties nos últimos 16 anos. Entre royalties e Participação Especial, Campos já acumula perdas de mais de R$ 180 milhões somente este ano. Também em agosto, pela primeira vez em sua história, Campos teve a Participação Especial zerada, enquanto no mesmo período do ano passado, recebeu R$ 35 milhões. Nos últimos anos, o cenário tem sido de sucessivas perdas e os piores repasses de royalties e Participação Especial já registrados”, justificou o órgão.
Por: N.U.
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