Carnaval de rua no Rio, assim como das Escolas de Samba, em 2021 é adiado
A presidente da Associação Independente de Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade do Rio de Janeiro (Sebastiana), Rita Fernandes, disse hoje (25) que o Fórum Carioca de Blocos, formado pelas principais ligas, decidiu que o carnaval de rua em 2021 está adiado enquanto não houver uma vacina contra a covid-19 e a imunização da população.
Segundo a presidente da Sebastiana, que reúne 11 entre os mais tradicionais blocos do Rio, o anúncio da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) de adiar os desfiles das escolas de samba do grupo especial, que aconteceriam em fevereiro de 2021, é “super pertinente”.
“Para nós, é uma condição irreversível que a vacina já esteja presente e que a população esteja realmente coberta e segura. Sem isso, a gente acredita que não dá para fazer carnaval, seja carnaval de escola de samba ou carnaval de rua. O carnaval fica impedido de acontecer em 2021 não havendo a vacina”, afirmou.
De acordo com ela, o Fórum Carioca de Blocos vai aguardar os órgãos de saúde para tomar uma decisão em relação a uma nova data para os desfiles. “Não temos uma data para anunciar para fazer o carnaval de rua. Sabemos que, depois de julho, já não faz sentido, fica impossível até pelos calendários da cidade. Vamos aguardar até o fim do ano para tomar uma decisão inclusive em relação ao anúncio de uma nova data”, acrescentou.
Liesa
A decisão da Liesa foi tomada na noite de ontem (24), durante reunião entre representantes das agremiações. De acordo com o presidente da entidade, Jorge Castanheira, como ainda não se sabe se haverá uma vacina até o carnaval, não haverá tempo hábil para as agremiações se prepararem.
No entanto, ele destacou que, por enquanto, os desfiles não foram suspensos, apenas adiados. A Liesa continuará acompanhando a situação da pandemia e fará novas reuniões para decidir se será possível realizar os desfiles em uma nova data em 2021 ou se o evento terá mesmo que ser cancelado.
Edição: Valéria Aguiar
Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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