Chegou ao fim o mistério sobre o cheiro de gás que durante alguns dias, no início do mês, deixou parte da população campista, no mínimo, preocupada. Em nota divulgada à imprensa, a Corbion admitiu que existe “correlação entre a abertura de uma válvula de segurança do reator anaeróbico em sua estação de tratamento de águas residuais e as reclamações de odores em alguns pontos da cidade”. A constatação de que a origem do cheiro de gás foi de uma válvula da Corbion que apresentou problema foi relatada ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) nesta terça-feira (15), em um documento no qual a empresa também apresentou ações corretivas e preventivas para que não ocorra novo vazamento.
De acordo com a Corbion, foi realizada uma minuciosa apuração interna, nas últimas duas semanas, inclusive com uma investigação completa da válvula de segurança por um especialista externo. “Para limitar as chances de recorrência de reclamações de odores, a Corbion iniciou algumas medidas, tanto de natureza técnica (como a instalação de novos detectores de gás que registram as emissões de forma contínua e de que direção vêm), quanto nas áreas de processos, comportamento humano e treinamento operacional”, informou a empresa, em nota.

Entre os dias 3 e 4 deste mês, agentes do Inea chegaram a visitar a unidade da Corbion em Campos. Havia suspeita, ainda, que o forte odor pudesse ser originado de uma das estações de tratamento da Águas do Paraíba, o que logo foi descartado em nota pela própria empresa.

No posicionamento à imprensa enviado nesta terça pela Corbion, a empresa destaca “o pleno cumprimento de todas as normas e legislações de Meio Ambiente e Segurança”. “A transparência em relação aos órgãos reguladores, à comunidade que nos rodeia e aos meios de comunicação sempre foi algo de que nos orgulhamos e assim continuará. A Corbion está, como sempre estará, à disposição para fornecer todas as informações necessárias aos órgãos fiscalizadores como o Inea”, conclui a nota da empresa.
 
por Arnaldo Neto
Folha 1
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