Crivella é alvo de operação contra esquema de corrupção na Prefeitura do Rio
São 22 mandados de busca e apreensão, que estão sendo
cumpridos em endereços ligados ao prefeito, servidores,
empresários e à administração municipal.
Rio – A Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) fazem, desde o início da manhã desta quinta-feira, uma operação contra irregularidades em contratos firmados com a Prefeitura do Rio. São 22 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em endereços ligados ao prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), servidores, empresários e à administração municipal.
Os mandados foram autorizados pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Dentre os endereços alvos, estão a residência de Crivella, na Península, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, o Palácio da Cidade, residencial oficial da prefeitura, em Botafogo, na Zona Sul, e o Centro Administrativo São Sebastião, sede do Executivo Municipal, no Centro.
Dentre os alvos dos mandados estão:
. Marcelo Crivella: prefeito
. Eduardo Lopes: secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento no governo Witzel; ex-ministro da Pesca na gestão de Dilma Roussef; e suplente de Crivella no Senado
. Mauro Macedo: ex-tesoureiro de antigas campanhas de Crivella para o Senado (2004) e para a prefeitura (2014)
. Rafael Alves: empresário, irmão do ex-presidente da Riotur Marcelo Alves
Apesar de ser alvo da operação, Crivella cumpre normalmente sua agenda na manhã de hoje. Ele vai participar de uma formatura no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA) da Marinha, na Penha, na Zona Norte, com o presidente Jair Bolsonaro e o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC).
OPERAÇÃO HADES
A ação é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada no dia 10 de março deste ano, que investiga a existência de uma possível organização criminosa e esquema de corrupção na prefeitura. Na ocasião, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão na sede da Riotur, na Cidade da Música, na Barra; Jacarepaguá; Copacabana; e em Angra dos Reis, na Região da Costa Verde.
Dentre outros locais, os agentes estiveram em endereços ligados ao então presidente da Riotur, Marcelo Alves, na Barra, e Rafael Alves.
A ação de hoje é feita pelo Subprocuradoria-Geral de Assuntos Criminais (Subcriminal) e do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim) do Ministério Público e da Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro da Polícia Civil.
O DIA tenta contato com os citados na reportagem.
RANOTÍCIAS