Fabrício Queiroz chega ao MPF para prestar depoimento sobre operação Furna da Onça
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro e a filha serão ouvidos no curso do inquérito que apura o vazamento da operação.
Rio – Fabrício Queiroz e sua filha Nathália Queiroz chegaram ao Ministério Público Federal (MPF) para prestarem depoimentos no curso do inquérito que apura o vazamento da operação Furna da Onça. Os depoimentos estavam previstos para começarem às 15h desta quinta-feira.
Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Paulo Marinho (PSDB) afirmou que Flávio obteve informações antecipadas de um delegado da PF sobre a Furna da Onça, deflagrada em novembro de 2018. O senador, que na época era deputado estadual, nega a informação.
Durante a Furna da Onça foi detectada movimentação suspeita de dinheiro do ex-assessor parlamentar de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Fabrício Queiroz, e começou a investigação sobre a suposta “rachadinha” (devolução do dinheiro de salários) no gabinete do então deputado. Queiroz cumpre prisão domiciliar por causa dessa investigação.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou, na segunda-feira, uma manifestação ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que Queiroz e a mulher Márcia Aguiar sejam mandados de volta à cadeia no caso das rachadinhas.
A investigação sobre o suposto esquema de “rachadinha” (entrega de parte do salário, pelos assessores, ao parlamentar ou algum aliado) no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual no Rio foi concluída pelo Ministério Público estadual (MPRJ). A informação foi divulgada pela instituição no fim da noite desta segunda-feira. Agora, o MPRJ vai decidir por denunciá-lo ou não.
O filho do presidente Jair Bolsonaro foi investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em suposto esquema do qual faria parte seu então assessor parlamentar Fabrício Queiroz, demitido em 2018, quando surgiram os primeiros indícios de irregularidade no gabinete de Flávio. Queiroz está em prisão domiciliar na Taquara, na Zona Oeste.
O MPRJ informou que encaminhou o caso ao procurador-geral de Justiça do estado, Eduardo Gussem, comunicando a conclusão das investigações. O teor do conteúdo não foi divulgado, já que as investigações estão sob sigilo.
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