São João da Barra no Norte do Estado, na rota do gás para investidores do Porto do Açu

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Foto: O Petróleo
Com o objetivo de mobilizar forças para que, a partir da aprovação do novo marco legal do gás na Câmara do Deputados, o Porto do Açu seja o caminho escolhido para receber a “Rota 5” — gasoduto que fará o escoamento da produção da Bacia de Campos — o presidente da Câmara de São João da Barra, vereador Aluizio Siqueira (PP), lançou na última semana a campanha “SJB na rota do gás”. Segundo o vereador, a mobilização é importante porque existem outros possíveis destinos, como Macaé e Itaguaí, mas nenhum com a logística tão propícia quanto a já existente em São João da Barra.
— Nossa São João da Barra tem a melhor condição de potencializar e transformar o crescimento a partir do gás natural. É o melhor destino para a Rota 5, para fins de desenvolvimento econômico e social, com visão de futuro para todo estado do Rio de Janeiro. Além do consumo a curto prazo das térmicas em construção da GNA, o Porto do Açu está preparado para crescer e receber mais indústrias, com toda infraestrutura pronta do Distrito Industrial de SJB e um porto que é o melhor do país do ponto de vista de acesso logístico marítimo — afirmou o presidente da Câmara.
Além de ser a rota com menor extensão e, consequentemente, de investimento mais baixo, o gás chegará ao Porto do Açu, que se apresenta como melhor escolha para curto prazo. O terminal tem os projetos da GNA I, com operação prevista para o próximo ano, e GNA II, que compõem o maior complexo de geração de energia a gás da América Latina. O complexo também inclui um terminal de GNL, que pode tanto importar como exportar, com capacidade total de 21 milhões de m³/dia, além da perspectiva de expansão da GNA III e GNA IV.
Aluizio destacou que a intenção é mobilizar forças, com a população sanjoanense, convocando os poderes Executivo e Legislativo, e o próprio Porto do Açu, uma vez que o CEO da Prumo, Tadeu Fraga, já declarou à imprensa companha com atenção os desdobramentos da Nova Lei do Gás, para aumentar seus investimentos no setor. Fraga, informou, ainda que a intenção é consolidar o Açu como um hub de gás e investir, em um segundo momento, também em unidades de processamento de gás, estocagem de GNL e gasodutos.
O Brasil deve mais que duplicar a produção líquida de gás natural até 2030, segundo projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) lançou o estudo “Rio a todo gás”, que prevê investimentos de até R$ 45 bilhões no RJ no setor de gás. A estimativa é que até metade desse valor seja direcionado ao Norte Fluminense.
— São João da Barra, que já tem térmicas em construção no Porto do Açu, tem que ficar de olho e acompanhar todos os movimentos nesse sentido, para não perder as oportunidades. O novo marco legal do gás natural, que busca incentivar a participação de empresas privadas no mercado, está na fase final na Câmara dos Deputados. A partir da sua aprovação, a tendência é que investimentos sejam destravados. E temos que nos mobilizar para mostrarmos que somos o melhor caminho para a Rota 5 — concluiu o presidente da Câmara de SJB.
Folha 1
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