PF faz operação contra expansão da facção criminosa PCC para o Rio
São 27 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão cumpridos em
seis estados.
Rio – A Polícia Federal faz, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, a Operação Expurgo, para cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa paulista de atuação nacional Primeiro Comando da Capital (PCC), que pretende expandir sua atuação para o Estado do Rio, segundo as investigações.
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A operação foi deflagrada pela sede da PF no Rio. Os mandados são cumpridos em seis estados: Rio, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Mato Grosso do Sul. Sete alvos estão no Rio (em Realengo, na Zona Oeste da capital, e Três Rios, na Região Serrana).
Até às 8h15 desta manhã, vinte mandados haviam sido cumpridos. Na capital fluminense, foi preso Rafael Barreto Cobra, conhecido como Digato, em Realengo. Também há um mandado pendente a ser cumprido em Três Rios, no interior do estado. Os demais cinco alvos do estado já estavam presos.
O foco da operação, diz a PF, foram lideranças da facção paulista no Rio. Mas, no decorrer da investigação, foram identificados alvos em outros cinco estados.
Confira a relação de mandados de prisão preventiva, por estado.
MG – 5
RJ – 7
MS – 3
SP – 9
PA – 1
PE – 2
RJ – 7
MS – 3
SP – 9
PA – 1
PE – 2
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Bangu. As investigações, iniciadas em dezembro de 2018, apontaram que, ao planejar a expansão para o Rio, os criminosos pensaram em uma aproximação e parceria com outras facções que já atuam no estado.
Os presos da Operação Expurgo são levados para as sedes regionais da PF e, após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional em cada estado.
Ainda segundo a PF, os líderes dessa quadrilha no Rio, mesmo presos, gerenciam grupos de dentro dos presídios, onde passam ordens e tomam decisões para todo o bando. A organização tem uma hierarquia e disciplina bem definidas, com um “estatuto” e “dicionário disciplinar” próprios, que estabelecem os protocolos a serem seguidos por todo os membros. Há até a aplicação de sanções previstas em caso de descumprimento de determinações.
As investigações também descobriram que a comunicação entre o grupo é facilitada pelo uso de aplicativos para a divisão de tarefas; tais como:
. definição de atividades diárias
. realização de debates e a tomada de decisão
. difusão de diretrizes a serem adotadas pelos membros
. monitoramento das atividades das forças de segurança estaduais
Além de organização criminosa, os alvos da ação serão autuados por tráfico de drogas e armas.
O nome da operação faz referência ao movimento da Polícia Federal de acabar com a estrutura da organização criminosa, evitando a sua expansão e domínio no Estado do Rio.
RANOTÍCIAS