Municípios recebem royalties com alta

Produção de petróleo e gás cresceu 8,1% - Agência de Notícias ...
ANBA
Depois de quedas históricas nos repasses de recursos do petróleo, uma boa notícia para municípios produtores da região: o depósito de royalties de agosto, refente à produção de junho, será feito nesta terça-feira (25) com alta de até 42,7%, em comparação com o mês passado. Para Campos, serão pagos R$ 24.039.318,15, valor 34,7% maior que o de julho (R$ 17.841.419). O depósito, entretanto, é 9,7% inferior ao que foi feito em agosto de 2019 (R$ 26.613.460).
São João da Barra recebe nesta terça R$ 7.639.854,76, enquanto em julho foram depositados R$ 5.759.254,99, o que representa uma alta de 32,7%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram repassados R$ 9.999.240,39, o município registra uma redução de 23,6%.
Casimiro de Abreu é o município da região que registra a maior alta no depósito de agosto (R$ 5.092.650,45), em relação ao mês anterior (R$ 3.573.480), de 42,5%. Mas, em comparação com agosto de 2019 (R$ 6.373.726), assim como os demais municípios, Casimiro também contabiliza queda, de 25,2%.
— O câmbio, juntamente com o preço, influenciou no reflexo positivo para este mês, quando tivemos uma média móvel de aproximadamente R$ 5,25 e um preço do Brent se mantendo acima dos US$ 40, em média. O previsto e esperado é que esse patamar de produção, preço e câmbio se mantenha até o final do ano. Uma enorme ajuda dos países exportadores em acordo (Opep+). Nenhum evento externo acontecendo, apesar da ainda baixa demanda, podemos manter esse valor de arrecadação. Acho melhor ponderarmos e não aguardarmos nenhuma novidade para a participação especial de novembro e, acima de tudo, manter a cautela. Nossos gestores públicos estão sob o maior teste administrativo que já vi. Ajustes, consciência da guerra e cautela (novamente) acima de tudo — destacou o superintendente de Petróleo e Gás de São João da Barra, Wellington Abreu.
Apesar de boa notícia, a alta em agosto é considerada por Wellington como um suspiro. “Apesar desta recuperação, sem as participações especiais e considerando o retrospecto, ainda estamos com muito déficit. É um suspiro a mais, em meio a uma grave crise que jamais vivenciamos na região e no país. Muito a recuperar ainda e temos que contar com os efeitos surpresa das maiores nações exportadoras de petróleo para manter o preço e da economia interna no câmbio. Sem falar na decadente produção da Bacia de Campos, enquanto não tivermos investimentos nos campos em declínio, e quase paralisação de produção”, afirmou o superintendente.
Joseli Matias
Folha 1
RANOTÍCIAS

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