Atentado com bombas deixa 15 mortos e mais de 70 feridos nas Filipinas
Soldados das Filipinas no local onde um atentado deixou 15 feridos em uma ilha no Sul do país Foto: Nickee Butlangan / Reuters
MANILA — Duas explosões, incluindo a de um homem-bomba, mataram 15 pessoas e deixaram pelo menos outras 75 feridas em uma ilha no Sul das Filipinas, nesta segunda-feira. Entre as vítimas do atentado estão oficiais das forças de segurança e civis.
As duas bombas explodiram em um intervalo de uma hora na principal cidade da ilha de Jolo, que é um reduto do Abu Sayyaf, um grupo ligado ao Estado Islâmico que nos últimos anos tem intensificado seus ataques com uso de homens-bomba.
No entanto, ainda não houve nenhuma reivindicação do ataque. O episódio desta segunda-feira é considerado o maior desse tipo no Sul das Filipinas desde janeiro de 2019, quando um duplo atentado suicida na igreja de Jolo matou mais de 20 pessoas e deixou mais de 100 feridos.
Segundo militares, a primeira explosão aconteceu por volta do meio-dia desta segunda-feira, quando uma bomba de fabricação artesanal em uma motocicleta foi detonada perto de dois caminhões do Exército estacionados, matando soldados e civis.
Enquanto a polícia e o Exército inspecionavam a cena, um homem-bomba tentou romper uma barreira e detonou seu dispositivo, matando várias outras pessoas junto dele.
No total, oito membros das forças de segurança, seis civis e o homem-bomba foram mortos. Além deles, 27 oficiais e 48 civis ficaram feridos nos ataques.
“Condenamos da forma mais forte possível os incidentes de explosão em Jolo”, disse Harry Roque, porta-voz presidencial. “As autoridades estão conduzindo uma investigação, que inclui a identificação de indivíduos ou grupos por trás desses ataques covardes”.
As tropas atacadas estavam entre as centenas de uma divisão especial de infantaria criada pelo presidente Rodrigo Duterte para combater o grupo Abu Sayyaf, conhecido pela violência, pela pirataria e por sequestros, além de diversos ataques a civis e militares.
O episódio desta segunda-feira está entre pelo menos seis atentados suicidas nos últimos três anos nas Filipinas, algo que, antigamente, era raro no país.
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