Segundo os Bombeiros, o chamado para a comunidade ocorreu às 3h17 e militares dos quartéis de Vila Isabel e Benfica estão no local. A Defesa Civil também foi chamada e analisa se há possibilidade de novos deslizamentos. Também estão na região a Secretaria de Assistência Social, a Geo-Rio e Secretaria de Ordem Pública.
O secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, disse que não há feridos e que além das 12 casas, dois carros e uma moto foram atingidos. Funcionários analisam a necessidade de interdição dos imóveis.
“Graças a Deus não teve nenhuma vítima. Acolhemos essas 12 famílias através da Secretaria Municipal de Assistência Social e a Defesa Civil. Vamos fazer toda a limpeza da área para verificar se esses imóveis precisam ou não ser interditados”, disse Fonseca.
O secretário revelou que o deslizamento foi provocado por um vazamento em uma tubulação de água, que saturou o solo. “Esse cano já tinha apresentado um vazamento e já vem ao longo de um tempo, e o solo ficou saturado”.
No local,
O DIA conversou com o subsecretário municipal de Proteção e Defesa Civil, Djalma Antônio de Souza Filho, e segundo ele um vazamento de água pode ter sido o causador do deslizamento. Os moradores relataram que uma água minava de dentro da encosta. Além disso, o subsecretário disse que havia um alto número de lixos na encosta.
“Segundo os moradores, existia um vazamento antigo ali na encosta. Essa encosta, por sua vez, acumulava certo volume de lixo e resíduos que propiciam um possível deslizamento”, informou Djalma.
A Defesa Civil municipal está no local desde a madrugada e 12 casas foram atingidas pelo deslizamento. Ainda segundo o subsecretário, os agentes estão avaliando os danos causados e só após a limpeza do local serão avaliados se os imóveis irão ser interditadas. No momento as casas estão bloqueadas, mas não há informações de imóveis interditados. Uma família segue impedida de sair de casa.
Moradores relataram que o vazamento já durava mais de 10 anos e essa é a segunda vez que a encosta desliza. Segundo os irmãos Fabrício e Pablo Miranda, a região foi atingida gravemente em 2010 quando o estado sofreu com uma forte chuva.
Os irmãos contam que não estavam em casa na hora do acidente, mas seus familiares estavam e precisaram sair pelo telhado.
Cedae, Light, Comlurb, Guarda Municipal e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira também estão no local. Técnicos da companhia de água estão no local verificando se alguma rede formal da companhia foi afetada pelo deslizamento e constataram não há não há vazamentos no local, mas foram identificadas diversas ligações clandestinas na região.
Em nota, a prefeitura informou que a Secretaria de Assistência Social está no local para prestar ajuda as famílias desalojadas e até o momento, não há demanda de acolhimento. Os agentes aguardam o laudo da Defesa Civil para saber a necessidade de atendimento às famílias que estão sendo acompanhadas pela equipe do Cras Adalberto Ismael de Souza.
Uma faixa da Rua Visconde de Niterói está interditada nos dois sentidos, na altura do número 512, e agentes da CET-Rio orientam o trânsito na região.