PM faz operação na Praça Seca após intenso tiroteio e disputa de território entre criminosos

Helicóptero da Polícia Militar desembarca agentes no alto do Morro do Barão, na Praça Seca
Helicóptero da Polícia Militar desembarca agentes no alto do Morro do Barão, na Praça Seca Foto: Reprodução / TV Globo

A Polícia Militar faz uma operação na manhã desta terça-feira, dia 28, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, após mais uma noite de intenso tiroteio em comunidades da área. O Globocop, da TV Globo, flagrou dois helicópteros blindados da PM com agentes desembarcando no alto do Morro do Barão, por volta das 7h. Eles estão em busca de armas e drogas. Um morador chegou a ser levado para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu ao ferimentos e morreu. A ocorrência foi encaminhada para Delegacia de Homicídios da Capital.

Segundo o porta-voz da corporação, coronel Mauro Fliess, uma outra pessoa foi ferida no confronto e foi levada por moradores para um hospital particular. A PM ainda não tem a identificação da vítima, mas o fato foi encaminhado para a 28ª DP.

— Há uma operação e um reforço no entorno a comunidade para buscar criminosos, principalmente nessa área de mata. É uma área estrategicamente importante para grupos criminosos, porque tem um complexo de comunidades e uma ligação na área de mata. Por isso a disputa territorial muito intensa — disse Fliess ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

Segundo a PM, o 18ºBPM (Jacarepaguá) foi acionado na noite de segunda-feira, devido a um forte tiroteio na região do Morro da Barão e do Morro São José Operário. Os agentes fizeram um cerco preventivo nas principais vias da região ao lado de equipes do Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM) e do 9ºBPM (Rocha Miranda).

Moradores assustados

Moradores relataram nas redes sociais sobre o intenso tiroteio na comunidade São José Operário, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. As informações iniciais eram de que criminosos da maior facção criminosa do estado estão tentando retomar a favela, atualmente dominada por milicianos.

Em vídeo divulgados, além de fortes rajadas de tiros, era possível também ouvir barulhos de bombas na mata na parte alta da comunidade. A troca de tiros está tão intensa que o nome do bairro foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter.

“Ouvindo aquela melodia de rajada na praça seca”, escreveu um rapaz o Twitter. “Deus olha por todos os moradores de bem da Praça Seca”, escreveu uma mulher também na rede social.

Planos de retomada antes da pandemia

No início deste mês, criminosos da maior facção do tráfico no Rio já tinham tentando retomar comunidades da Praça Seca, dominada desde 2017 pela milícia. Participaram do ataque bandidos dos complexos do Lins e da Penha, ambos na Zona Norte. Na ocasião, apesar dos ataques, os traficantes não conseguiram retomar o território.

Como o EXTRA revelou na ocasião, o planejamento da retomada da Praça Seca começou a ser planejada antes mesmo da pandemia de coronavírus. Policiais civis e militares que investigam o crime na região já sabem que o primeiro passo dado pela quadrilha para preparar o ataque foi a tomada dos morros do Dezoito e do Saçu, em Quintino, na Zona Norte, em março deste ano. As duas favelas são vizinhas à Praça Seca e foram usadas como ponto de apoio para a invasão.

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